Nildo Lima Santos
A existência
da luz, tomando como exemplo uma lâmpada é percebida quando ela está acesa e,
portanto, reconhece a energia em ação. A lâmpada enquanto apagada representa a
inexistência da luz, e, portanto, em não existindo a luz, reconhece-se que a
energia da luz não existe como luz. Em suma, é o liga desliga e, em ligar
percebe-se a existência e ao desligar, percebe-se a ausência e, efetivamente, a
falta de luz. E, desta percepção, surgiram conceitos e teoremas dos números
binários que representam o não existir, que é o zero (0) e o existir, que é o
um (1). Conceitos estes com teoremas, que fazem com que o ser humano coloque na
máquina grande parte de sua inteligência em sistemas de operações por equipamentos
computadorizados em memórias apropriadas.
Das
combinações de zero (0) e um (1), tudo que ocorre e que possa vir a ocorrer, são
variações entre o existir e o não existir, considerando que o zero (0)
individualmente, nada representa, a não ser a inexistência, ou simplesmente, o
vazio. Mas, quando associado à existência, representado por um (1) que, faz-nos
reconhecermos o nada, todas as variações da existência em cada um de seus
respectivos contextos, se tornam e são possíveis de entendermos, até mesmo a
existência de Deus, que é efetivamente toda a energia observada e que se
reconhece por todas, pensáveis e impensáveis formas, de ações e reações em suas
vastas possibilidades.
Justifico-as
exemplificando um dos princípios aplicados na área do Direito – em todos os
Direitos! -: O ‘Princípio da Razoabilidade’. Princípio este que se justifica em
existir entre o que é menos aceitável e o que é mais aceitável por determinado
comportamento humano em determinado contexto. Esteja este positivado ou não
positivado pelas normas. Mas, nunca chega a ser zero total, considerando os
contextos que se inserem em variações da existência e não existência do ser
humano. Destarte, sempre estará presente em quaisquer das situações, assim como
entendemos que sempre estará presente o Deus nosso criador. O qual, é a parte
imaginada e aceita na existência de tudo em determinada origem e, portanto, na
origem da consciência como energia que habita a matéria e que reconhecemos como
espírito ou alma, que são a mesma coisa. E, essa energia atravessa os tempos
através dos mecanismos da carga genética que é, efetivamente, energia
transferida e armazenada na matéria animal, é essa energia originária de um ser
superior e que fica entremeios do existir e do menos existir, mas, sempre sendo
sentida e percebida, assim como a luz e a escuridão no exemplo da lâmpada acesa
ou apagada.