domingo, 28 de julho de 2019

A Existência e a Não Existência. Justificando a existência do espírito e de Deus




Nildo Lima Santos

          A existência da luz, tomando como exemplo uma lâmpada é percebida quando ela está acesa e, portanto, reconhece a energia em ação. A lâmpada enquanto apagada representa a inexistência da luz, e, portanto, em não existindo a luz, reconhece-se que a energia da luz não existe como luz. Em suma, é o liga desliga e, em ligar percebe-se a existência e ao desligar, percebe-se a ausência e, efetivamente, a falta de luz. E, desta percepção, surgiram conceitos e teoremas dos números binários que representam o não existir, que é o zero (0) e o existir, que é o um (1). Conceitos estes com teoremas, que fazem com que o ser humano coloque na máquina grande parte de sua inteligência em sistemas de operações por equipamentos computadorizados em memórias apropriadas.

          Das combinações de zero (0) e um (1), tudo que ocorre e que possa vir a ocorrer, são variações entre o existir e o não existir, considerando que o zero (0) individualmente, nada representa, a não ser a inexistência, ou simplesmente, o vazio. Mas, quando associado à existência, representado por um (1) que, faz-nos reconhecermos o nada, todas as variações da existência em cada um de seus respectivos contextos, se tornam e são possíveis de entendermos, até mesmo a existência de Deus, que é efetivamente toda a energia observada e que se reconhece por todas, pensáveis e impensáveis formas, de ações e reações em suas vastas possibilidades.

          Justifico-as exemplificando um dos princípios aplicados na área do Direito – em todos os Direitos! -: O ‘Princípio da Razoabilidade’. Princípio este que se justifica em existir entre o que é menos aceitável e o que é mais aceitável por determinado comportamento humano em determinado contexto. Esteja este positivado ou não positivado pelas normas. Mas, nunca chega a ser zero total, considerando os contextos que se inserem em variações da existência e não existência do ser humano. Destarte, sempre estará presente em quaisquer das situações, assim como entendemos que sempre estará presente o Deus nosso criador. O qual, é a parte imaginada e aceita na existência de tudo em determinada origem e, portanto, na origem da consciência como energia que habita a matéria e que reconhecemos como espírito ou alma, que são a mesma coisa. E, essa energia atravessa os tempos através dos mecanismos da carga genética que é, efetivamente, energia transferida e armazenada na matéria animal, é essa energia originária de um ser superior e que fica entremeios do existir e do menos existir, mas, sempre sendo sentida e percebida, assim como a luz e a escuridão no exemplo da lâmpada acesa ou apagada.