Nildo Lima Santos
Bacharel em Administração Pública pela Universidade Católica de Brasília e FACAPE/PE, consultor em administração pública e, em desenvolvimento organizacional, com 46 anos de experiência na área pública iniciada no Exército e, que continuo em toda extensão da vida civil. Responsável por relevantes trabalhos em importância e quantidade, na área de formação e relacionadas ao desenvolvimento da administração pública e das organizações civis; dentre os quais: implantação de entes públicos, reformas administrativas e institucionais, incluindo implantação de município recém-emancipado, planos de carreira, regime jurídico dos servidores, concursos públicos, códigos tributários municipais, defesas de contas públicas, audiências públicas, controle interno, normas de posturas e ambientais, etc. Com a atuação ativa na área da filantropia e das organizações sociais. Com passagens e atuação no Rio de Janeiro, Brasília, Bahia e Pernambuco, onde, inclusive, fixou residência.
ALGUMAS MATÉRIAS PUBLICADAS SOBRE O AUTOR
I - Site: Info Terceiro Setor:
II - Blog do Geraldo José (Notícias):
III - Notícias sobre o autor, publicadas em site regional:
IV - Artigo do autor publicado no Face na página destinada à Educação:
V - Referência ao autor deste blog em livro:
VI - Página de registro de monografia do autor deste Blog em curso de pós graduação pela Universidade Federal de Recife - PE
VII - Artigo do Autor Publicado no Face na página da ADESG (Associação dos Diplomados pela Escola Superior de Guerra):
VIII - Contestação de multa do CRA feita pelo consultor e publicada na Revista do Tribunal Regional Federal (Justiça Federal):
IX - Excertos de dissertação de mestrado fazendo referência bibliográfica ao autor deste blog, consultor Nildo Lima Santos:
Excertos
de Dissertação de Programa de Mestrado em Logística Operacional. Análise
crítica da Infraestrutura de Suporte aos Alunos e do Sistema de Transporte
Escolar Rural: O Caso dos Distritos de Trairi, citando entendimentos do
consultor Nildo
Lima Santos, em textos transcritos nas páginas 46 e 56.
livros01.livrosgratis.com.br/cp105583.pdf
Sistema de Transporte Escolar Rural: O Caso dos Distritos de. Trairi ...
LOG /Programa de Mestrado em Logística e Pesquisa Operacional. III. Título. ...
Resumo da Dissertação submetida ao GESLOG / UFC como parte dos requisitos para a.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE MESTRADO EM LOGÍSTICA E PESQUISA OPERACIONAL
Análise Crítica da Infraestrutura de Suporte aos Alunos e do
Sistema de Transporte Escolar Rural: O Caso dos Distritos de
Trairi
Valquiria Melo Souza
Fortaleza - CEARÁ
2009
Valquiria Melo Souza
Dissertação submetida ao
Programa de Mestrado em Logística e Pesquisa Operacional (GESLOG), da
Universidade Federal do Ceará (UFC), como parte dos requisitos para a obtenção
do Título de Mestre em Ciências (M.Sc.) em Logística e Pesquisa Operacional.
ORIENTADOR: Prof. Dr. Ernesto Ferreira Nobre Júnior
Fortaleza, CE
2009
S719a Souza, Valquíria Melo
Análise crítica da
infraestrutura de suporte aos alunos do sistema de transporte escolar rural :
o caso dos Distritos de Trairi / Valquíria Melo
Souza,
2009.
203 f. ; il. color.
enc.
Orientador: Prof. Dr.
Ernesto Ferreira Nobre Júnior
Área de concentração:
Logística e Sustentabilidade
Dissertação (mestrado)
- Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação,
Fortaleza, 2009.
1. Logística. 2. Pesquisa
operacional. 3. Tomada de decisão. I. Nobre Júnior, Ernesto Ferreira
(orient.). II. Universidade Federal do Ceará – GESLOG
/Programa
de Mestrado em Logística e Pesquisa Operacional.
III.Título.
CDD
658.78
|
ANÁLISE
CRÍTICA DA INFRAESTRUTURA DE SUPORTE AOS ALUNOS E DO SISTEMA DE TRANSPORTE
ESCOLAR RURAL: O CASO DOS DISTRITOS DE TRAIRI
Valquiria
Melo Souza
DISSERTAÇÃO
SUBMETIDA AO PROGRAMA DE MESTRADO EM LOGÍSTICA E PESQUISA OPERACIONAL (GESLOG),
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA A
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.) EM LOGÍSTICA E PESQUISA
OPERACIONAL.
Aprovado por:
___________________________________________
Profº Ernesto Ferreira Nobre
Júnior, D.Sc.
(Orientador – UFC)
___________________________________________
Profº João Welliandre
Carneiro Alexandre, D.Sc.
(Examinador Interno – UFC)
___________________________________________
Profº David de Carvalho,
D.Sc.
(Examinador Externo –
UNICAMP)
FORTALEZA, CE – BRASIL
JULHO DE 2009
Resumo da Dissertação submetida
ao GESLOG / UFC como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre
em Ciências (M.Sc.) em Logística e Pesquisa Operacional.
ANÁLISE CRÍTICA DA INFRAESTRUTURA
DE SUPORTE AOS ALUNOS E DO SISTEMA DE TRANSPORTE ESCOLAR RURAL: O CASO DOS
DISTRITOS DE
TRAIRI
Valquiria
Melo Souza
Julho/2009
Orientador: Profº Dr. Ernesto
Ferreira Nobre Júnior.
RESUMO
A definição
básica de transporte escolar consiste, geralmente, em fazer com que crianças e
adolescentes cheguem à rede de ensino diariamente. A situação no interior do
Ceará não é diferente da dos demais estados do Brasil, que têm como ponto comum
a precariedade da frota, a insegurança no transporte dos alunos, a inadequada
localização das escolas e a evasão escolar, dentre outros aspectos que
prejudicam o acesso de estudantes provenientes da área rural às unidades de
ensino. Neste trabalho, busca-se analisar criticamente a infraestrutura de
suporte a alunos do ensino fundamental e médio e do sistema de transporte
escolar rural: o caso de distritos no Município do Trairi/Ceará. A metodologia
de trabalho adotada neste estudo é do tipo exploratório-investigativo, mediante
as pesquisas bibliográfica e de campo.
As análises
realizadas sobre o acesso dos alunos à rede de ensino da zona rural mostraram
que a dificuldade permanece, mesmo quando o veículo escolar é disponibilizado.
Percebe-se no estudo é que o desafio não está simplesmente em transportar
alunos, mas na necessidade de se gerenciar as interações das infraestruturas de
suporte aos alunos e o transporte escolar rural, para que haja o
compartilhamento de informações, mesmo que essas não sejam satisfatórias no
primeiro momento. Apoio: CAPES e UFC.
Palavras-chave:
Infraestruturas, Tomada de Decisão e Transporte Escolar Rural.
Abstract of Thesis submitted to GESLOG / UFC as a partial
fulfillment of the requirements for the degree of Master of Science (MSc.) in
Logistics and Operations Research.
A CRITICAL ANALYSIS OF THE INFRA-STRUCTURE TO SUPPORT
STUDENTS AND THE RURAL SCHOOL TRANSPORTATION: THE CASE OF THE TRAIRI DISTRICTS
Valquiria
Melo Souza
July/2009
Advisor: Ernesto Ferreira Nobre
Júnior.
ABSTRACT
The basic definition of school transportation
generally consists in seeing that children and adolescents arrive at school
daily. The situation of rural school transportation in the interior of the
state of Ceará is not different from other states in Brazil. Points in common
include the precariousness of the fleet, lack of security in transporting students,
inadequate localization of the schools and students who leave school before
completing all grades, among other aspects which hinder the access students who
come from rural areas have to teaching units. This paper seeks to critically
analyze the support infra-structure provided for students from primary and
secondary school and the rural school transportation system. It will focus on
the districts in the municipality of Trairi, CE. The work methodology adopted
in this study is an exploratory-investigative approach, based on
bibliographical research and field work. The analyses done about the access
students have to the teaching network in the rural zone show that difficulties
persist, even when a school vehicle is available. It is perceived in this study
that the challenge is not simply transporting students, but rather the need to
manage interaction between infra-structure sectors and the rural school
transportation in order for information to be shared, even though they are not
satisfactory at first. Support given by CAPES and UFC.
Key words: Infra-structure, Decision making and Rural
School Transportation.
[...].
CAPÍTULO 2
REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA........................................................... 12
2.1 A Legislação Federal e do
Estado do Ceará para o Transporte Escolar Rural...............................................................................................................................
12
2.2 Fundos e Programas do Governo
Federal e do Estado do Ceará para o Transporte Escolar
Rural..................................................................................................................
27
2.3
Acessibilidade..........................................................................................................
34
2.4 Planejamento Operacional do
Transporte Escolar Rural......................................... 40
2.5 Gestão de Infraestrutura e Logística da
Distribuição Física.................................... 47
CAPÍTULO 3
DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO............................................ 50
3.1 A Caracterização do Município
de Trairi................................................................ 50
3.2 O Planejamento Operacional
Atual do Transporte Escolar Rural do Município de
Trairi..............................................................................................................................
55
3.3 Legislação e Programas para o
Transporte Escolar Rural no Município de
Trairi..............................................................................................................................
56
3.4 Área de
Estudo........................................................................................................
58
3.4.1 As Infraestruturas de
Suporte aos Alunos............................................................
58
3.4.2 Pontos de Embarque e de
Desembarque.............................................................. 59
3.4.3 A Caracterização das
Escolas no Município........................................................ 61
3.4.4 A Caracterização dos
Veículos Utilizados para o Transporte Escolar Rural ...... 62
3.4.5 As Rotas e suas
Vias............................................................................................
66
3.4.6
Itinerários.............................................................................................................
68
[...].
CAPÍTULO
1
INTRODUÇÃO
1.1
Considerações Iniciais
Diversas foram
as transformações que a humanidade atravessou ao longo de sua história,
mesclando acontecimentos marcantes da identidade de cada povo e de toda uma
civilização. A evolução dos transportes está associada a essa história, em suas
alterações socioeconômicas e processadas em amplo espaço geográfico. Esse é o
resultado da inteligência, do esforço e da capacidade do homem, orientado no
sentido de um aperfeiçoamento constante. Não se pode, no entanto, deixar de
destacar o fato de ainda haver muitas dificuldades do passado com relação ao
sistema de transporte público, nesse caso, o transporte escolar é um deles.
O problema do
transporte escolar público não pode ser tratado como um evento isolado, pois
ele não é apenas um meio de transporte, ou uma questão de existência de
infraestrutura e de uma logística de operação, uma vez que agrega também os
valores sociais e humanos. Assim, alterações que ocorrem nesse sistema de
transporte influenciam direta e indiretamente a vida de milhares de pessoas,
tanto no presente quanto no futuro.
Os transportes
constituem um setor estratégico para o desenvolvimento econômico e social de um
país; assumem um importante papel logístico para o funcionamento de todos os
setores circundantes, porque funcionam como um elo entre um setor a montante e
outro a jusante, podendo estes ainda ser o mesmo.
A integração
entre todos os setores de uma economia é fundamental, seja no plano local,
regional, nacional ou internacional. Nesse sentido, o setor de transportes
fornece os meios de circulação de bens (materiais e humanos) e serviços,
permitindo, além da integração de setores também a de regiões dispostas a se
desenvolverem mutuamente.
Outro aspecto
importante do setor de transportes é que ele não deve ser considerado como um
fim em si mesmo, mas um meio.
Os meios de
transporte não se resumem apenas ao escoamento de mercadorias. O transporte de
pessoas é um dos principais meios de acessibilidade, não apenas na dimensão
espacial, mas também social, cultural e econômica, estando assim
intrinsecamente relacionada à área específica.
Nesse aspecto, o
transporte desempenha um importante papel de estruturador do espaço.
Dessa forma,
pode ser usado para minimizar a segregação espacial na cidade, nos meios
urbanos e no meio rural.
De acordo com
IBGE (2005), o transporte escolar é o serviço prestado à pessoa ou a grupo de
pessoas, assim como às instituições de ensino ou agremiações estudantis e
prefeituras, para o transporte de estudantes e professores, entre as
respectivas residências e o local da escola ou treinamento, com prazo de
duração e quantidade de viagens estabelecidas entre a transportadora e o
cliente. Neste panorama, está incluso o transporte de alunos que vivem em áreas
rurais, como forma de suporte à educação.
Por outro lado,
a Constituição Federal (BRASIL, 1988) menciona o Direito à Educação como um
fundamento da República, para que assim haja o exercício da cidadania. Esse
direito é referido na Carta Magna no seu artigo 6º, que diz: “são direitos
sociais a educação, (...) na forma desta Constituição”. Para Raposo (1988),
esse direito social é o fundamento que encontra validade na preservação da
condição humana e faz especificações nos artigo 22, inciso XXIV e artigo 24,
inciso IX sobre competência legislativa.
Pela importância
do tema, o constituinte apresentou uma seção à educação (artigos 205 a 214),
dispondo sobre a responsabilidade da União, Distrito Federal, estados,
municípios e da família, do acesso e da qualidade, da organização do sistema
educacional, do financiamento e da distribuição de encargos e competências dos
entes federativos.
Segundo Whitaker
e Antuniassi (1992), o transporte escolar rural surgiu em virtude da agregação
de escolas substituta do antigo sistema de escolas isoladas. Esse tipo de
transporte rural enfrenta sérios problemas, principalmente com relação ao
espaço geográfico, condições econômicas e infraestruturas e, em conjunto,
limitam ainda mais os serviços de transportes.
Holanda (2006)
enfatiza a potencialidade que os usuários de transporte escolar representam e,
também, a vulnerabilidade no que diz respeito às características físicas e
psicológicas.
O transporte
escolar rural é um tema ainda pouco explorado pelos governos e também pouco
estudado, porém afeta significativamente a vida de milhares de estudantes da
zona agropastoril.
Este ensaio visa
a examinar sob o ponto de vista crítico a infraestrutura de suporte aos alunos
do ensino fundamental e médio e do transporte escolar rural, tendo como área de
estudo o Município do Trairi/CE. Será considerado o percurso de deslocamento
realizado pelos estudantes, que por meio motorizado, ocorre, na maioria das
vezes, do ponto de embarque até a escola.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo
Geral
Fazer uma
análise crítica da infraestrutura de suporte a alunos do ensino fundamental e
médio e do sistema de transporte escolar rural: O caso dos Distritos Trairi
(Sede), Canaã, Flecheiras e Gualdrapas, no Município do Trairi/Ceará.
1.2.2 Objetivos
Específicos
• analisar a
legislação e programas referentes ao transporte escolar nas quatro esferas de
governo;
• verificar as
infraestruturas utilizadas para o deslocamento e recebimento dos estudantes;
• avaliar a
viabilidade atual do transporte escolar rural no Município de Trairi;
• identificar os
possíveis gargalos das infraestruturas de suporte aos alunos e do sistema de
transporte escolar rural no Município;
• fazer uma
análise crítica do transporte escolar rural nos Distritos: Trairi (Sede),
Canaã, Flecheiras e Gualdrapas;
• estabelecer
diretrizes para melhorar as condições atuais.
1.2
Justificativa do Trabalho
Em um ambiente
de desigualdades sociais, o Brasil apresenta segmentos em sua população de grupos
sociais abaixo da linha de pobreza. Em decorrência do rápido crescimento das
cidades, não acompanhado de um planejamento de expansão, este fato provoca
transtornos às comunidades, principalmente no que se refere ao deslocamento de
alunos na zona rural.
Existe um
interesse do Governo Federal voltado à área da educação, e pela melhoria da
qualidade do ensino, incluindo o transporte dos estudantes e as condições das
escolas.
Nesse caso, o
transporte escolar rural é amparado pela legislação brasileira, com o propósito
de melhorar a qualidade de vida e oferecer maior produtividade para o homem do
campo, possibilitando maior dinamismo na economia dos municípios e diminuição
no êxodo rural.
Em 2007, o
Ministério da Educação lançou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) cujo
propósito é aumentar a qualidade da educação básica pública, enfrentando os
problemas de rendimento, de frequência e de permanência do estudante na escola,
com a mobilização em torno do lema “Compromisso Todos pela Educação”.
Algumas ações de
apoio ao aluno da zona rural e à escola estão sendo tomadas, dentre as quais a
ampliação do apoio ao transporte escolar, mediante o Programa Caminho da
Escola, com a renovação e ampliação da frota, com veículos padronizados para
maior segurança do estudante e a redução dos custos de aquisição. Outra ação é
a ampliação do atendimento do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar
(PNATE), com a ampliação do atendimento para todos os alunos da educação
infantil e ensino médio residentes na zona rural, com o objetivo de oferecer
transporte escolar rural, garantindo o acesso e a permanência dos alunos na
escola.
Transporte rural
não é algo de entendimento e aplicabilidade difíceis, mas é raramente assunto
encontrado no âmbito técnico e também legal sobre o transporte público no
Brasil. A área rural não é um simples perímetro não urbano, mas uma área
possuidora de especificidades a considerar. Nesse aspecto, a Resolução CNE/CEB
nº 01/2002, define sobre a política de educação específica para os que vivem no
campo, e defende a ideia de uma educação rural realizada e voltada para a
população residente no campo, haja vista suas peculiaridades e
particularidades.
GEIPOT (1995, p.
4) define transporte rural como o “transporte de passageiros, públicos ou de
interesse social, entre a área rural e a área urbana ou no interior da área
rural do município”. Nesse sentido, algumas definições se relacionam ao
transporte rural, já outras devem ser mencionadas, ou seja, área urbana
e área rural. Para a parte urbana é estar circunscrita pelo perímetro
urbano, definido por lei municipal, enquanto a área rural é a do
município, externa a esse perímetro (BRASIL, 1938).
[...].
46
Considerando que
a gestão de transporte escolar propicia melhor aproveitamento dos estudantes,
além de estar atrelada ao planejamento público, não se deve desprezar os
fatores relacionados ao deslocamento do aluno de sua casa para a escola. No entendimento de Santos (2008),
alguns desses fatores podem ser destacados.
1 Deslocamento
a Distância da
casa para a escola
b Trajeto
(caminho)
2 Segurança do
aluno
3 Segurança
social do transportador
4 Rigidez da execução
das despesas públicas
A contratação de
transporte escolar pelo município busca indicar a necessidade em atender ao
requisito da confiança da comunidade e um direito que os estudantes possuem na
sua locomoção.
Nobre Jr (2000)
aponta em documentos, que auxiliam o Termo de Referência para o Governo do
Estado do Ceará, alguns fatores para a realização do diagnóstico do transporte
escolar rural, dentre eles a organização dos dados e que se refiram ao
município, ausência de recursos humanos especializados que venham orientar o
gerenciamento do sistema de transportes e as condições das estradas locais que
servem como vias de acesso à escola e de outras necessidades da população.
Portanto, o
planejamento operacional do transporte escolar rural exige um número de
informações relacionadas com as questões socioeconômicas e as relativas ao
próprio sistema de transporte rural. Ao passo que os transportes vão se
intensificando, sua atividade vai ficando cada vez mais complexa, pois nesse
caso tem que se gerenciar: os meios físicos, isto é, infraestrutura viária,
veículos, pontos de embarque e desembarque, estrutura, transporte e ordem de
circulação (GEIPOT, 2001).
[...].
3.2 O
Planejamento Operacional Atual do Transporte Escolar Rural do Município de
Trairi
O transporte
escolar se alinha como um dos serviços básicos brasileiro como a saúde,
educação e energia. Dessa forma, não se pode imaginar, atualmente, um município
sem esse tipo de serviço.
Percebe-se,
ainda, que o crescimento dos municípios brasileiros não é acompanhado de um
planejamento prévio de expansão, proporcionando problemas à comunidade,
principalmente no que se refere aos deslocamentos.
O transporte
escolar rural, porém, representa um sistema de transporte que beneficia as
necessidades e atende a demanda dos estudantes de ir e vir à escola, ou seja,
sua locomoção.
É essencial que
se tenha uma gestão operacional planejada, visto que o transporte escolar rural
é um serviço imprescindível para o sistema educacional, principalmente para as
comunidades rurais. Nesse caso, devem ser estabelecidos meios que possibilitem
ao estudante da zona rural um lugar adequado para o seu estudo.
56
Segundo Santos
(2008), a administração do transporte escolar não é eficiente na maioria dos
municípios brasileiros, no que tange à gestão na contratação do serviço de
transporte de alunos.
Sob esse prisma,
a preocupação está apenas na forma da execução e do pagamento dos serviços
contratados, deixando de lado informações e registros que podem reunir valor ao
transporte escolar no Brasil.
Na maioria dos
municípios brasileiros, o transporte escolar é feito de modo rudimentar, sendo
utilizados modais impróprios ao transporte de passageiros, principalmente
crianças e adolescentes da zona rural.
Na zona rural,
vivem em média 7,7 milhões de crianças e adolescentes na idade escolar. De
acordo com o Censo de 2005, do INEP, cerca de 23% das crianças e adolescentes
têm o transporte escolar, os demais têm sua aprendizagem prejudicada, na
maioria das vezes, por causa do meio de transporte usado: pau-de-arara, longas
caminhadas, bicicletas e carroças.
O que impede o
país de montar um sistema de transporte escolar eficiente são estradas mal
conservadas, relevo irregular em algumas localidades, construção de escolas
longe das comunidades, mapas viários imprecisos e desatualizados e variação do
preço da condução escolar – tudo isto dificultando a elaboração de uma política
de financiamento público.
No Município de
Trairi há elevada dispersão de escolas públicas, em virtude da falta de
planejamentos anteriores que não apresentaram como propósito um criterioso
processo de nucleação das escolas. Em razão disso, o transporte escolar também
é bastante disperso, mas, desde 2006, aos estudantes ocorrem utilizarem
veículos totalmente fechados (ônibus, vans, kombis, dentre
outros).
[...].
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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BADINI, C; GOUVEA, F. (Coords). (2003) Mobilidade e cidadania. São
Paulo: ANTP. 256 p.
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W. e GONÇALVES, M. B. (1996) Um estudo sobre modelos de localização e
alocação e critérios de eqüidade para os serviços públicos. Anais do X
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e Ensino em Transportes, ANPET, Vol 1, pp 189-197, Brasília.
ALMEIDA, L. M.
W. e GONÇALVES, M. B. (1998) Modelos de interação espacial e critérios de
eqüidade: uma aplicação à distribuição de escolas. Anais X Congresso
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Engenharia de Trânsito e Transporte, Vol 1 pp 668-670, Santander,
Espanha.
[...].
ARANTES, C. O.
(1986) Planejamento de rede escolar: questões teóricas e metodológicas.
Ministério da Educação, Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnico à
Educação,
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ARAÚJO, C. M. de
(2008) Especificação de ônibus. Consultoria Monteverde, Santos, São
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[...].
SAMPAIO, M. G.;
PARENTE, L. I.; WOHLAND, M. (1987) Uma experiência de descentralização em
administração pública. Cadernos da Fundap, 7 (13), pp 23-26.
SANCHES, S. P. Acessibilidade:
Um indicador do desempenho dos sistemas de transporte nas cidades. Anais do
X Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes,
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p. 199-208, 1996.
[...].
SANTOS, N. L. Boa Gestão de Transportes Escolares –
Um dos Fatores Condicionantes ao Melhor Aproveitamento do Aluno. http://wwwnildoestadolivre.blogspot.com/2008/04/boagesto-de-transportes escolares-um.html. Acesso em 25 de abril de 2008.
SILVA, C. F.;
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internacional de mercadorias. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras.
THERRIEN, J. e
DAMASCENO M. N. (Coord.) (1993) Educação e Escola no Campo, Campinas:
Papirus.
TEDESCO, G. M.
I. (2008) Metodologia para Elaboração do Diagnóstico de um Sistema de
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001A/2008, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de
Brasília, DF, 215p.
UNESCO (2001)
Educação para Todos – Declaração de Cochabamba. VII Sessão do Comitê
Intergovernamental Regional do Projeto Principal para Educação – PROMEDLAC.
Cochabamba, 5 a 7 de março.
VARELA, G. C
(1993) Sintaxe espacial: uma nova abordagem para o entendimento das relações
entre configuração espacial, transportes e uso do solo. Anais do VIII
Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes, São Paulo, v. 1, p.
69-79, 1993.
[...].
X - Publicação em site jornalístico citando entendimento do consultor Nildo Lima Santos em matéria que trata de orçamento público do Município de Estância Velha -RS:
HONRARIAS:
I - Diploma que reconhece o Título de Cidadão Sobradinhense que muito honra, a NILDO LIMA SANTOS, titular deste blog:
II - CERTIFICADO POR RELEVANTES SERVIÇOS PRESTADOS AO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE:
III - Certificado de reconhecimento dos trabalhos realizados para a Região do Vale do São Francisco, concedido pela Sociedade Apolo Juazeirense ao Secretário de Administração Nildo Lima Santos como destaque do ano de 1993:
IV - Certificado de reconhecimento por serviços filantrópicos prestados à Associação Comunitária de Pequenos Criadores e Produtores Rurais da Sede do Distrito de Junco/Salitre e circunvizinhanças:
ALGUMAS DAS INÚMERAS PALESTRAS PROFERIDAS POR NILDO LIMA SANTOS NO EXERCÍCIO DE SUAS ATIVIDADES:
I - Assessoria e transmissão de conhecimentos a juízes, promotores, integrantes da sociedade civil e integrantes da administração pública em geral a convite da PASTORAL DO MENOR - CNBB - Regional Nordeste III e Unicef.
II - Participação de Mesa Redonda, a convite de UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana - BA e o MOC - Movimento de Organização Comunitária, com o apoio do UNICEF, no Seminário Regional sobre Conselhos Municipais de Defesa da Criança e do Adolescente e da Assistência Social, participando de Mesa Redonda sobre o tema: Fundo Municipal da Criança e do Adolescente e Gerenciamento:
III - Palestrante em evento promovido pela Câmara Municipal de Vereadores de Juazeiro, Iº Encontro de Vereadores da Região do Sub-Médio São Francisco, coordenado por Edson Duarte, Vereador de Juazeiro na época, o qual, depois, seguiu a carreira política sendo Deputado Federal e Ministro do Meio Ambiente. Tema da palestra: Desenvolvimento Municipal. Crise e Perspectivas. Sendo um dos palestrantes, ao lado do Prefeito Municipal de Petrolina, na época, e hoje Senador da República, Fernando Bezerra Coelho.
IV - Palestra proferida pelo consultor Nildo Lima Santos, a convite da AMURC - Associação dos Municípios da Região Cacaueira - Itabuna - BA, na Iª Conferência Regional dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o tema: Orçamentos Públicos e Fundo da Criança e do Adolescente:
V - Palestrante na INFOVALE' 98, no III Congresso e Feira de Informática e Telecomunicações do Vale do São Francisco, em Petrolina - PE, com o tema "Modernização Pública":
VI - Palestra no Lions Clube de Petrolina - Centro, sobre o tema: "A Sustentabilidade e Ampliação das Finalidades Institucionais do Lions":
VII - Palestra proferida na I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - EM JUAZEIRO - BA:
VIII - PALESTRA SOBRE O SISTEMA ORÇAMENTÁRIO E A PARTICIPAÇÃO POPULAR - MUNICÍPIO DE SOBRADINHO - BA:
IX - PALESTRA FEITA A CONVITE DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, MERCOSUL E SEBRAE, ATRAVÉS DOS SEUS REPRESENTANTES:
X - PALESTRANTE NO Iº ENCONTRO REGIONAL DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE SAÚDE:
XI - PALESTRANTE DO 1º SEMINÁRIO "SISTEMA ORÇAMENTÁRIO E A ARTICIPAÇÃO POPULAR", PELO MUNICÍPIO DE SOBRADINHO:
XII - PALESTRANTE NA I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE JUAZEIRO:
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