*Nildo Lima Santos
Os jogos de azar bancados pelo Estado e, por algumas empresas, dentre elas as de comunicações (televisões e concessionárias de telefonia celular) e, grupos financeiros com jogos disfarçados em títulos de capitalização que, incoerentemente, são proibidos pela legislação brasileira para a grande maioria da população e instituições – transformados em viciados e lesados jogadores –, se inserem nos fatores que potencializam o imobilismo do indivíduo comum – principalmente àquele de baixa renda – que vê nos jogos de azar a única esperança para um dia prosperar financeiramente e socialmente. Destarte, passa a maior parte de sua vida ativa esperando e sonhando por melhoras nas esperanças depositadas nas roletas oficiais da União ou de algum empresário tutelado por esta que a cada dia engorda mais ainda as suas contas bancárias. O imobilismo do indivíduo, por conseqüência, potencializa, também, a marginalidade e a violência e, quando menos grave, a sua indigência cujos resultados no somatório das somas das necessidades individuais exigem uma demanda de assistência maior do que os recursos supostamente destinados pela União para a área social do governo e arrecadados na jogatina desenfreada que vicia o cidadão bancado por ela. Daí se tem a certeza do ciclo vicioso que empobrece a nação e a sociedade a cada dia e, a cada novo artifício para se tirar dinheiro do cidadão para supostamente financiar os programas sociais do governo.
Soma-se a esta situação, ampliando a gravidade do problema, o assistencialismo do governo que de forma criminosa subtrai do indivíduo a sua cidadania, tornando-o viciado das filas do oportunismo ofertado pelos programas assistenciais que, ultimamente, despudoradamente são anunciados claramente como moeda eleitoreira pelo sistema dominante que tem o mérito de confundir a sociedade, inclusive, dos pseudos intelectuais e doutores acadêmicos, através da mídia televisiva que anuncia e dissemina dados manipulados e fabricados por instituições que estão aparelhadas pelo grupo político dominante, em situação jamais vista na história da república brasileira.
* Nildo Lima Santos. Consultor em Administração Pública.
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