Este ditado é sempre dito e repetido pelos humanos e, principalmente por aqueles que muito fizeram ou que continuam fazendo pela sociedade local e, pelo ser humano em geral, na cidade, no Estado, no País; e, que são geralmente esquecidos pelos compatriotas e conterrâneos. Portanto, este é um momento ideal, não somente por estarmos em época de política, mas, principalmente, pela oportunidade de valorizarmos realmente aqueles que merecem o reconhecimento de “santos provedores”. Os reais “santos” que esperam e dormem no esquecimento e alguns no anonimato, e que nunca gozaram ao menos do prazer do reconhecimento. É imperioso que os reconheçamos para o bem maior da sociedade brasileira que carece de referenciais – principalmente, no momento atual em que vive o Estado Brasileiro – para se espelhar e efetivamente projetar as imagens verdadeiras daqueles que muito fizeram pelo ser humano nesta terra de meu Deus. Devemos reconhecer e nos orgulharmos não somente dos bons referenciais nas artes musicais: em João Gilberto, Galvão e Ivete Sangalo; nos esportes: em Luiz Pereira, Juninho Petrolina (da família Timbira de Juazeiro) e, Daniel Alves (filho de contemporâneos meus do Salitre), mas, também de nossos escritores e professores, lembrados raramente – ainda, mas, até quando?!... – por alguns nas rodadas de conversas nostálgicas nas poucas oportunidades surgidas. Um destes referenciais, e certamente, desconhecido para a grande maioria dos juazeirenses é Adolfo Aizen, que somente passei a tomar conhecimento da sua ligação com a nossa cidade Juazeiro, recentemente, através do meu irmão Neliton Dias (Nelinho) que é ávido pelo conhecimento de nossa gente e das coisas de nossa terra; – não foi à toa que escolheu a profissão de Geólogo! – principalmente, pela gente que fez história, e que ficou no anonimato ou esquecida e, que, ora por outra surge se eternizando nos registros de algum escritor que os guardam na lembrança como memória viva. E, quantos atores da história desapareceram com a morte das memórias vivas de nossa gente! A professora Graciosa Xavier Ramos Gomes com o seu livro nos lembra de alguns e, resgata-os para os anais históricos onde de fato serão lembrados pelos séculos através do registro gráfico das letras, números e palavras verdadeiras e bem articuladas: “Uma Trajetória em Memória: Minha Terra, Minha Gente.” O qual foi fielmente prefaciado pelo meu amigo e agente de nossa história – que sempre o reconhecerei – Prof. Rivadávio Espínola Ramos. Professor Rivas que continuará sendo minhas boas e saudáveis referências que serão as referências para os meus filhos e os meus netos, queira Deus seja alcançado pela longevidade!
Adolfo Aizen foi o pioneiro dos quadrinhos no Brasil e na América Latina. Teve seu registro de nascimento em Juazeiro, Bahia, em 1907 e, faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1991. Foi um dos principais responsáveis pela popularização dos quadrinhos no Brasil. Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e em 1933 tornou-se jornalista do "O Malho".
Na enciclopédia livre Wikipédia, encontramos a informação que Aizen, é tido por muitos como o "pai dos quadrinhos", foi um dos principais responsáveis pela introdução no Brasil das histórias em quadrinhos norte-americanas, como Mandrake, Tarzan, Dick Tracy, Príncipe Valente e Flash Gordon. A Wikipédia nos informa ainda, que: “Sempre acreditou-se que Aizen nasceu em Juazeiro na Bahia. É o que afirma a maioria dos escritores e memórias escritas e publicadas nos vários sites na internet. Mas o escritor Gonçalo Junior, afirma em seu livro A Guerra dos Gibis, de 2004, que Adolfo Aizen era russo e não baiano (embora tenha morado na Bahia). Esse fato tem grande importância porque naquela época um estrangeiro não podia ser proprietário de uma empresa de comunicação no Brasil.” Mas, a verdade incontestável é que sua certidão de nascimento consta que ele nasceu em Juazeiro da Bahia e, em algum momento viveu com os nossos irmãos em determinada época até os quinze anos de idade, quando se mudou para o Rio de Janeiro. Em 1933, começou a trabalhar na editora "O Malho". Ainda em 1933 viaja para Nova Iorque. Em 1934 lança o histórico "O Suplemento Juvenil", com histórias de personagens dos quadrinhos estadunidenses cujos direitos autorais eram do King Features Syndicate. Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal A Nação), da forma como faziam os jornais de Nova Iorque, com grande êxito. Com ótimas vendas, o suplemento passou a circular de forma independente. O dono do jornal O Globo “Roberto Marinho” havia recusado a idéia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de “O Globo Juvenil”. Aizen não gostou que a palavra "juvenil" tivesse sido usada e lançou uma revista chamada "O Lobinho", para evitar que seu concorrente utilizasse Globinho, segundo conta-se. A revista "O Gibi" também foi lançada (1939) para competir com a revista Mirim, de Aizen.
Em 1945, Aizen funda a editora de revistas infantis Brasil-América (EBAL), pioneira na introdução de temas e heróis brasileiros nas histórias em quadrinhos.
Adolfo Aizen teve três filhos, dois dos quais trabalharam com ele, como diretores, na EBAL: Paulo Adolfo Aizen (como diretor-gerente) e Numin Aizen (como diretor-editorial).
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