Nildo Lima Santos. Consultor em desenvolvimento
institucional
Destaca-se nesta importantíssima área de estudos sobre o pensamento, o
pensador francês “Edgar Morin”, o qual em sua obra “Introdução ao Pensamento
Complexo” (Introduction à la pnesée complexe, 1990), diz: “O pensamento simples nada mais é
do que parte de um pensamento, cindido no seu sentido e em sua importância que
termina por se apossar da verdade. O pensamento simples não é necessariamente
verdadeiro, dado o processo de simplificação e a tentativa de se apropriar da
realidade. Enquanto isso, o pensamento complexo se suporta na ordem, clareza e
exatidão no conhecimento, ou seja, se aproxima da realidade.”
Impressionante é a capacidade que o nosso cérebro tem de dar
consistência ao pensamento lógico através dos símbolos. Conhecemos muito pouco
da capacidade cerebral que temos. Já se destaca no meio dos estudiosos
franceses – cientistas –, nestes tempos contemporâneos, a “teoria do pensamento complexo”. Possuindo tal capacidade àquele
indivíduo que é dotado de conhecimentos diversos – das múltiplas áreas do
conhecimento humano – e, portanto, é capaz de dá soluções para problemas
complexos com muita facilidade e rapidez; dado ao fato do cérebro, de forma
lógica, sistematizar os elementos para as respostas e os arranjos possíveis para
soluções mais precisas e viáveis para os problemas. Às vezes ao escrevermos
sobre determinado assunto e, depois de passado muito tempo, ao voltarmos a
lermos, temos dúvidas de que fomos nós mesmos que escrevemos aquele texto. E,
nos perguntamos surpresos: - Eu fui capaz de escrever isto?!...
As soluções vêm naturalmente, à nossa mente, sem que percebamos.
Receitas que sugiro, para se chegar a essa condição: Adquira: Informações...
informações... informações...! ...o máximo que puderes. Mas, sempre associando
a alguma coisa útil e lógica com o emprego em algo concreto na vida. Então,
parta para sistematizar e, sistematize... sistematize... sistematize...!
...sempre que puderes. Pois, a partir daí, o cérebro estará preparadíssimo para
a compreensão rápida das ordens que serão a ele encaminhadas, pela necessidade
da consciência, o qual funciona assim como uma complexíssima central de
processamento de dados no ordenamento de tais dados e produção de informações,
em rapidez e respostas inimagináveis pelo ser humano. É verdadeiramente a
energia da consciência, operando. É a alma...! Uma energia que não morrerá
jamais...! E, assim, é que se constroem – se criam – sistemas operacionais em
geral, boa literatura, bons projetos físicos e sociais, materiais e imateriais,
além de normas procedimentais e jurídicas, dentre outras. Portanto:
RACIOCINE!!! TEORIZE!!! É ISTO SIMPLESMENTE...
Em palestra, Edgar Morin,
disse: “É preciso reagrupar os saberes para buscar a compreensão do universo”. O pensador
francês propõe a hierarquização e a organização do saber no pensamento
contemporâneo. "Devemos contextualizar cada acontecimento, pois as coisas
não acontecem separadamente. Os átomos surgidos nos primeiros segundos do
Universo têm relação com cada um de nós", informa-nos o pensador.
Eu diria, que, as superficialidades nas observações dos dados e das
informações deverão ser massificadas de tal ordem que o pensar possa passar de
um estado – situação – sem muita lógica, automaticamente, de forma gradativa,
para um pensar mais coerente, e de maior lógica na forma de se raciocinar do
cérebro humano que os absorve sorvendo cada dado e informação para a
profundidade da consciência. Consciência que têm a capacidade do processamento
dos dados e informações, não compreensíveis ao observador no primeiro momento e
que nas operações complexas do nosso cérebro e consciência, se arrumam com
tamanha rapidez e precisão, que ao pensador com esta capacidade parecem simples
demais. Não se apercebem do tanto quanto a simplicidade se tornou em função de horas
– muitas horas mesmo! – foram necessárias ao longo da vida para a absorção de
entrada de dados e informações que lhes permitiram o raciocínio, simplificado,
prático e rápido da solução do problema. Justifica-se e reconhece-se que cargas
do conhecimento dos nossos ancestrais são para nós – seres humanos –
transferidas através da genética pela hereditariedade. Quanto a isso não há o
que ser contestado! A carga genética do conhecimento transferido faz-nos
reconhecermos, portanto, que o aprendizado dos nossos pais e avós, e assim por
diante, são transferidos quando ocorreu no momento da nossa geração. E, quanto
mais conhecimento sistematizado tinham os nossos ancestrais sobre determinada
ação, solução e/ou problema, mais fácil se torna possível essa transferência
detectada automaticamente pela nossa consciência, que nada mais é do que: “a energia da alma que é eterna e
ilimitada, que temporariamente habita a matéria com cargas insaciáveis de
demandas”. Destarte, à medida que a entrada de novas informações vão se
agrupando no cérebro humano e integrando definitivamente a consciência, sendo
parte dela – portanto, parte da alma –, mais facilmente o cérebro as processará
e de forma tão natural que parecem ser simples demais.
Justifica-se, portanto, a necessidade de cada vez mais absorvermos mais
dados e informações nos diversos níveis do conhecimento humano. De preferência,
no exercício rotineiro de darmos sentido à busca da lógica para definitivamente
condicionarmos a máquina humana – através do cérebro que é o mais perfeito
órgão do corpo humano com dimensões incalculáveis –, ao ponto de produção de soluções
nos raciocínios que se tornarão naturais e instantâneos produzidos pelo cérebro
efetivados na consciência do indivíduo humano que chegou a essa capacidade.
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