sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

AS CINZAS DA TUA AUSÊNCIA

Nildo Lima (Lima Bahia)


As horas já se fazem em cinzas...
- Pudera eu te resgatar do tempo
e, vorazmente te amar em rimas...
para sufocar a dor deste momento.


Dói em mim tua longa ausência...
- Noventa e seis horas são meu mundo
em desastres de vidas sem clemência.
- E, quantas vidas fui em cada segundo!...


Em nenhuma delas fui feliz.
Faltou-me tu! Oh! ...adorada musa.
Das cinzas restou-me a cicatriz
do medo imenso de tua recusa.


Esparramar-me-ia sob teus pés,
ressurgindo-me do nada em ardor.
Renascendo minha sorte, ao revés:
- No prazer de ti, meu grande amor!





Brasília/1981

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