domingo, 9 de agosto de 2009

SIM!!! Eu sou Solidário ao Senado e Senadores!

*Nildo Lima Santos.


Por mais que os senadores se degladiem, xinguem uns aos outros, culpem-se e, culpem uns aos outros, pratiquem nepotismo, promovam o aumento dos seus próprios vencimentos, etc., etc., não deixarão de ser os legítimos representantes de nossa sociedade. Eles não têm nada de diferente da sociedade brasileira! Portanto, continuo acreditando no Senado Federal como instituição verdadeira e fundamental para a sustentação do Estado Brasileiro. Que briguem e se xinguem os seus membros! Isto é da essência da política em qualquer parte do mundo. O que não podem: é se calarem e, às escondidas nos bastidores negociarem contra os interesses da sociedade brasileira e contra a soberania da Nação – sociedade que, inclusive, não é nada melhor do que os políticos, já que os nossos dirigentes políticos, no que pese os vícios do sistema político e da má formação do Estado Brasileiro são os melhores da sociedade, com raras exceções, desde que me seja provado o contrário, nesta minha experiência de quase sessenta anos de vida –.

Aos críticos: sindicalistas e dirigentes de classes e de associações comunitárias – estes os maiores multiplicadores e disseminadores dos piores comportamentos possíveis que, insculpiram este modelo de Estado perverso para os que têm consciência e benevolente e propício para os oportunistas e vândalos que são a grande maioria da sociedade brasileira – os que na primeira oportunidade subtraem a renda e o patrimônio do próximo, furtivamente ou de assalto; os oportunistas que não querem estudar e que vivem à espreita das facilidades que o Estado oferece; os que dilapidam as escolas, praças e prédios públicos; os que engrossam fileiras para receber esmolas do governo federal (bolsa renda e outros) sem nenhum constrangimento ou traço de vergonha – ; repórteres e proprietários das redes e veículos de comunicações que vivem e usam os inconscientes como massa de manobra para a prática da chantagem na melhor oportunidade de aparecerem, lograrem êxito e se realizarem, tanto profissionalmente, quanto financeiramente; empresários que, por qualquer motivo e ameaça aos seus excessivos ganhos, extinguem e criam empresas que sugam o cidadão em sua força de trabalho – daqueles que trabalham mesmo – e que burlam o fisco sem pudor, o qual, através dos seus agentes, não permite a construção de uma consciência empresarial necessária, por não ser justa em razão do corporativismo de uma categoria de servidores que usam a legislação despudoradamente somente a favor do fisco para aumentarem as suas polpudas gratificações; dos médicos e profissionais de saúde, com raríssimas exceções, que ganham fábulas de dinheiro da população doente de um sistema de saúde que não deu certo – exatamente, pela ganância da medicina e dos laboratórios – que sugam grande parte da força do trabalho humano que é escrava deste mercenarismo que não somente prospera no Brasil, mas, no mundo inteiro; advogados, magistrados e promotores, que têm como pressupostos maiores para o crescimento profissional: a arte de mentir, de ludibriar, de enganar e da astúcia... – salvando-se honrosas exceções que se dedicam aos estudos e às doutrinas –. Então, senhores senadores, não tenham crise de consciência, pois assim como Vossas Excelências; assim como o Presidente da República; assim como os Governadores, Prefeitos, Deputados e Vereadores; Vossas Excelências também, fazem parte desta sociedade e, com certeza, não são piores do que o povo representado. Quiçá não sejam os melhores!... Pois, representam uma sociedade que vem se apodrecendo há décadas e que ainda não se apercebeu desta realidade. Portanto, senhores senadores, nós não somos melhores do que vocês! Os jornalistas e os grandes proprietários das comunicações, também, não os são! E, a história nos ensina muito bem. Eles apenas anseiam os seus interesses e, na história deste País, sabe-se que, de tempos em tempos, levam a população para armadilhas, mas, mesmo assim nos são úteis e eu os acredito, pois são frutos da nossa sociedade e que têm os mesmos vícios nossos – inclusive dos senhores Senadores –, sem sombras de dúvidas e, que inclui alguns com assento nesse Senado. Não vejo muita diferença no uso das oportunidades que o dinheiro público oferta, entre os políticos e qualquer outro empresário – aliás, é bom que se diga: que os impérios de comunicações, as grandes empresas construtoras, somente cresceram com as benesses do dinheiro público e, esta é uma grande verdade que jamais poderá ser negada. O que não poderá ser permitido é o império da corrupção e, da chantagem, mas, quem tem razão e o direito em atirar pedra no Senado e nos senadores? – O simples infrator do trânsito que, se sujeita a entrar no camburão por um gole a mais de cerveja? Já que ele tem o direito de se proteger em sua honra por algum dinheiro que dispuser no momento?... Se pensar o contrário é burrice e, o burro não sobrevive nesta selva!!! – O promotor que articula contra alguém, injustamente, com o fito da auto-promoção?... – O magistrado que se cumplicia em decisões injustas com o fito de agradar a corrente política do momento?... – O desletrado e semi-analfabeto que não lutam e não fazem esforços para o aprendizado?... – Os pobres que não se mobilizam para reivindicar direitos, mas, arranjam qualquer artifício para receberem esmolas do governo – de preferência que sejam até o fim da vida que, já lhes bastam –?... – Os movimentos sociais que se juntam em formação de quadrilha para dilapidarem o patrimônio público e o privado, invadindo prédios públicos, propriedades privadas e, estradas – sem nenhum respeito à grande maioria de cidadãos que não são parte das suas conveniências e interesses?... – Os dirigentes de entidades de classes trabalhistas e sindicais que são os maiores responsáveis pela implantação de grande parte da corrupção no Estado Brasileiro?... – Os repórteres da conveniência que distorcem fatos e realidades sem o mínimo preparo necessário para criticar o que não conhecem, no afã dos louros e da satisfação aos seus patrões e seus interesses?... – que, não raro são os interesses maiores dos banqueiros e do grande capital internacional! – Os membros do Poder Executivo Federal, em todas as suas instâncias, que ficarão na história como os mais corruptos da história brasileira!?... – Os agentes de arrecadação do governo federal que, despudoradamente, se utilizam do corporativismo da classe e a força de normas irracionais para auferirem vultosos salários, em detrimento do desenvolvimento do País e das demais categorias de servidores?... – Os deputados?... – que não são diferentes dos senadores! –. – Os intelectuais que levaram a este Estado a tudo isto que aí se encontra?... Nenhum brasileiro de sã consciência tem razão para jogar pedras uns nos outros!!! Afinal de contas deve ser levada em consideração a formação do povo brasileiro, em sua essência e suas origens, com virtudes e pecados e, graças a Deus ainda existe a virtude da intenção cristã da proteção à família, de forma distorcida é bem verdade, mas, pelo menos existe o pensamento cristão. E, as filosofias que se encaixem!!!

Os senadores não são diferentes: – dos empresários que buscam a proteção para o seu capital e para seus familiares – muitas vezes burlando o estatuto da própria empresa, para se manterem no poder de comando –; dos juízes que promovem concurso onde a maioria de aprovados são seus parentes; – dos promotores que nos Municípios buscam favores pessoais para si e para os seus parentes, dos jornalistas que se puderem também, arranjarão uma forma de protegerem os seus na imprensa que vive do dinheiro público e, até mesmo na administração pública; – dos descamisados e desletrados que esperam a primeira oportunidade para vilipendiar o Estado e, subtrair do cidadão o que este conseguiu com os seus esforços pessoais. Não são diferentes dos senhores senadores: – os seus eleitores que somente exigem destes, favores pessoais; – dos chefes de famílias que protegem os seus clãs e nesta proteção priorizam os seus (filhos, filhas, pais, avós, sobrinhos, genros, noras, cunhados, netos, amigos, correligionários, etc.) – caso fossem diferentes, com certeza, o comportamento de cada um dos pares que formam essa Egrégia Casa, seria também, diferente, sem exceção.

Nenhum brasileiro de sã consciência tem razão para jogar pedras uns nos outros!!! Afinal de contas deve ser levada em consideração a formação do povo brasileiro, em sua essência e suas origens, com virtudes e pecados e, graças a Deus ainda existe a virtude da intenção cristã da proteção à família. De forma distorcida é bem verdade! Mas, pelo menos existe o pensamento cristão e, as doutrinas filosóficas que se encaixem cada uma em seu contexto histórico, temporal, cultural e, social. Dentre elas a dialética sobre moral e ética. Destarte, o que se entende como moral e ético na nossa sociedade não é o que as normas impingem à sociedade, mas, tão somente o que ela pratica. E, na maioria das vezes o que o indivíduo pratica não é aquilo que deixa transparecer – é a estratégia natural da sobrevivência em sociedade: a de não expor suas próprias fraquezas que, inclusive inspirou os legisladores maiores deste País a reconhecê-la como direito quando diz em um dos Códigos que, “nenhum indivíduo será obrigado a apresentar provas contra si mesmo”. Então, deixemos de ser hipócritas!!!

Portanto, que briguem os Senadores e Deputados entre si. Esta é uma briga necessária que não a vejo pelo lado negativo. Mas, pelo lado positivo. Pelo menos estão mostrando as suas próprias vísceras escondidas – que não são diferentes da grande maioria da sociedade brasileira, seja ela organizada ou não – e, que fatalmente, darão um outro rumo ao País, através de reações que são louváveis e, fatalmente servirão, os que hoje se digladiam e se difamam no Senado, de verdadeiros “Agentes Mudanças”, tão necessários para a mudança de comportamento do povo brasileiro. E, que permaneçam os debates no Congresso, em qualquer tom! Pois faz parte da essência da política e, que seja duradouro o modelo de Estado pensado e arquitetado pelo iluminado MONTESQUIEU, onde o Poder Legislativo é o grande tripé da democracia.

Portanto, eu sou solidário ao Senado e aos Senadores sim!!! E, reconheço neles as minhas próprias fraquezas e virtudes também!!! E, é o que cada cidadão deste País deve reconhecer em si mesmo!!! Cada político, cada empresário, cada repórter e, cada jornal deve olhar para o próprio umbigo! É o mínimo que se espera para a grande mudança!

* Nildo Lima Santos. Consultor em Administração Pública. Pós-graduado em Políticas Públicas e Gestão de Serviços Sociais.

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