quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A SUBJETIVIDADE DA DEMOCRACIA


• Nildo Lima Santos
          Conceitualmente, o que poderemos entender o que é DEMOCRACIA. A palavra DEMOCRACIA teve origem na Grécia Antiga. É uma palavra composta das palavras DEMO, que significa povo e KRACIA, que significa governo. Isto é, a palavra democracia significa governo do povo. Embora na Grécia antiga – berço da democracia –, tenha surgido o desenvolvimento desta forma de governo, nem todos podiam participar nesta cidade do processo eleitoral e das decisões políticas da cidade (as mulheres, estrangeiros, escravos e crianças). Portanto, esta forma de democracia era bem limitada. Nestes tempos hodiernos a democracia, conceitualmente, assume várias formas e sentidos. Poderá ser também, considerado estado democrático aquele que é governado através do sistema monárquico, isto é, através do absolutismo, mas, desde que, nas linhas abaixo do monarca sejam possibilitadas alternâncias nos cargos da administração pública, mas, cujo poder soberano, jamais poderá se superar ao do monarca. Vez que, o monarca representa o próprio estado e, a soberania do estado depende basicamente da manutenção da monarquia. De sorte que, nos fazem compreender que, democracia poderá ser assim, também, compreendida como – e, principalmente –: “a capacidade que tem o soberano de atender a demanda da sociedade e, portanto, mesmo que o povo não saiba de antemão o que é bom para si, nas intenções e ações o soberano as dispõe de tal forma que, no final atenderá as demandas mais necessárias ao bem estar coletivo incluindo as necessidades básicas (educação, saúde, segurança pública, infra-estrutura urbana, abastecimento, serviços de água, esporte e lazer, habitação, alimentação, etc.)”.

          Por estes pressupostos, reconhece-se que os países do Reino Unido, Suécia, Dinamarca e, Espanha, dentre outros, são estados democráticos. Portanto, nos faz reconhecermos que, países com sistemas políticos e de governos, tais como o Brasil, Paraguai, Venezuela, México e tantos outros latinos, não são bons exemplos de democracia. Certamente, o Brasil ainda não é um País democrático. A democracia apenas é reconhecida pela subjetividade que esconde a verdadeira aparência e intenções dos detêm o Poder Político Dominante.

          Isto nos dá a certeza de que os políticos – uma breve exceção a José Serra que já se pronunciou a respeito em entrevista para a TV –, não têm o verdadeiro compromisso com a segurança institucional do Estado através da reforma política, onde as demandas a serem atendidas sejam às da sociedade, naquilo que mais lhe aflige e lhe corrói os ânimos e a própria vida. Não as necessidades imediatas e clientelistas que condiciona a população ao imobilismo e ociosidade, mas, às demandas articuladas e bem programadas que possibilitem o desenvolvimento humano, econômico e social, principalmente, daqueles que não sabem o que estão fazendo nesta vida, quanto mais o que poderão fazer para o próximo, incluindo os seus filhos, netos e demais parentes. Portanto, não merecemos o continuísmo de governos que só pensam no próprio umbigo e, que se utilizam da ignorância da população para, através de ilhas supostamente bem sucedidas, sustentarem avanços que na verdade apenas atendem a uma minoria, mas, que, pela mídia desinforma e aliena a grande maioria que não tem essa consciência. Programas, tais como, bolsa família, fome zero, luz para todos, nos moldes praticados pelo atual governo, nos dão a certeza de um imenso estelionato contra a sociedade brasileira e, ainda, a certeza da caracterização de que – contando ainda, com os vícios dos companheiros corruptos, o cerceamento da liberdade de expressão e, o aparelhamento do estado – o Brasil não é um País Democrático. Neste ponto o governo militar foi mais democrático do que os sucessivos governos dos civis, através dos partidos políticos constituídos após a lei da anistia.

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