terça-feira, 7 de outubro de 2014

A INTIMIDAÇÃO E O MEDO COMO ARMA POLÍTICA PARA A MANUTENÇÃO DO PODER DOS INDECENTES


Nildo Lima Santos

Estamos vivendo o que jamais admitiamos que se chegaria a acontecer no final do século vinte para início do século vinte e um. Achávamos que a partir do apeamento dos militares dos cargos públicos tradicionalmente ocupados por civis, o país, de fato já estaria preparado para ser dirigido democraticamente por civis surgidos dos quadros dos partidos políticos legalmente instituídos. Ledo engano! Vez que, o aparelhamento do Estado, em qualquer situação gera sequelas à sociedade, mas, durante o regime militar se tratava de uma necessidade para o bem do Estado em determinado momento, já que, antes de 1964 o nível de corrupção e, a irresponsabilidade com o que era público e os riscos que se estavam impondo à soberania do Estado quando tentavam o seu realinhamento com a Rússia – e, hoje já temos consciência do que aconteceu com as nações que se submeteram ao regime ditado pela Rússia! – exigia-se providências urgentes e, então, em certa escala houve a necessidade do aparelhamento de parte do Estado, mas, restringindo-se, à esfera federal.

Era de fato o aparelhamento do Estado para o bem do Estado e, daí foi possível impor as mudanças necessárias para a época atendendo às demandas da sociedade moderna com relação a padrões de comportamento, educação, saúde, infraestrutura física e econômica. O sistema previdenciário foi fortalecido e, desafogado pelas oportunidades criadas através dos inúmeros sistemas de previdência complementar e fundos de pensão privados, inclusive das empresas estatais que garantiam aos empregados públicos um futuro digno. Foi o aparelhamento por necessidade e pela competência ancorado na responsabilidade com o que era público, separando-o do que era privado. Foi implantado o sistema da meritocracia para a ocupação de qualquer cargo público. Então, as sequelas foram as mínimas, mas, as que permaneceram foram fatais e de ordem comportamental já que a sociedade não se acostumou à democracia e, não são os militares os culpados, vez que, isto vem de longe e, o período militar apenas interrompeu a continuidade dos desmandos que já tinham características idênticas a regimes totalitários e, portanto, já caminhavam para este lado. Destarte, antes do regime militar, não se respirava democracia, mas “oportunismocracia” que era propiciada pelo despreparo das classes dos ditos trabalhadores que a qualquer custo tentavam se impor em favor dos interesses daqueles que os manobravam e, que eram interesses de si mesmos, na ambição dos cargos públicos que lhes pareciam fartos em seus desejos econômicos financeiros que seguramente lhes propiciassem a ascensão rápida sem a necessidade de se prepararem para o exercício dos cargos e funções, mas, tão somente pelas vias do discurso fácil demagógico e, da influência em determinado grupo social, que, no final traduzisse em reconhecimento político, o que seria o bastante para a ocupação dos cargos públicos. Portanto, o discurso da esquerda lhes favorecia e, inconscientes do que poderia ocorrer com a nação brasileira em sua cegueira total, pelo desejo do poder que tudo lhes daria, vulnerariam as instituições do Estado Brasileiro, sujeitando-o à perda, mais dia ou menos dia, da sua soberania.

Os que à época foram apeados do Poder pelo regime militar e, os que o desejavam pelas vias do oportunismo com a visão de quem milita na esquerda – quando conhecida pelo sistema socialista e comunista que imperou em décadas passadas em diminuta parte da Europa, Ásia e, que permanece em parte desses continentes bastante enfraquecido e, em vias de extinção, apenas resistindo na Coreia do Norte, na China que já não mais se assemelha com este tipo de regime, dado o misto de ditadura de partido com capitalismo e, na américa latina em Cuba – após a abertura política retornaram com força total para a imposição de suas vontades interrompidas pela vontade das instituições maiores pela ordem democrática que, assim, se fizeram presentes através das igrejas, das maçonarias e, das Forças Armadas guardiãs da soberania do Estado.                     
Conclui-se que, a visão distorcida – excetuando-se alguns sonhadores filósofos e sociólogos e universitários, por estes corrompidos em suas sandices – era mais em função do oportunismo para se tomar de assalto a res-pública (coisa pública), através do seu aparelhamento para o mau, em proveito próprio na ambição do crescimento social pelo dinheiro que lhes facilitassem a vida pelo resto de suas existências. Foi com estas características que se criaram os partidos políticos após a saída dos militares do domínio dos Poderes da República e, assim, está se desfazendo um país que foi economicamente e socialmente desenvolvido na época dos governos militares a duras penas e sacrifícios e, que hoje, os Poderes da República se confundem em um único; que é o Poder Executivo nas mãos dos oportunistas, incompetentes, despreparados, ladrões e corruptos. Poderes estes que devem ser resgatados a qualquer custo para os verdadeiros caminhos da democracia e da segurança jurídica do Estado, que não se confunde com o que aí está.

Há de ser reconhecido de que na época do regime militar, convivia-se pacificamente com civis democratas que de certa forma era o equilíbrio necessário, não tão somente para a justificativa do próprio regime quanto para que a sociedade não trilhasse pelos caminhos rumo à ditadura comunista. Dentre eles, destacaram-se: Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Fernando Henrique Cardoso, Teotônio Vilela e, Sobral Pinto, dentre outros não menos significantes. Era a necessidade de se manter políticos da boa estirpe e compromissados com o que é público para a transição quando fosse possível. Mas, por castigo ou por ironia, surgiram no caminho o Partido dos Trabalhadores que agregou em seus quadros toda espécie de oportunistas, vigaristas e sonhadores lunáticos remanescentes dos movimentos armados na época do regime militar e deu no que aí está. Corrupção incontrolável, desmandos, estado aparelhado em todas as esferas dos Poderes da República, a economia corroída e, o que é pior, um grande contingente de indivíduos jogados à própria sorte a soldo das esmolas e concessões despudoradas que lhes contêm na busca pelas vias normais – as do conhecimento e da virtude! – e necessárias para o crescimento profissional e social em uma sociedade sadia.   
 
Estamos vivendo, um momento propício para a mudança do que aí está. E, esta é a oportunidade da transferência pacífica e legal dos Poderes da República e do Estado, que sob a tutela de um representante maior – que não seja reconhecido como oportunistas e egresso dos quadros que tomaram de assalto o Estado Brasileiro. E, no momento, na corrida presidencial só enxergamos o Aécio Neves cuja vida e origem não há o que se discutir com relação à capacidade de interpretação dos fatos sociais e históricos, por que, já os viveu de perto e, cujo preparo é inquestionável, além da grande capacidade para o diálogo e mediação de conflitos e, de sua ilibada reputação.

É um momento difícil em que o poder dos indecentes impõe o medo e o terror ao cidadão, principalmente, no uso do aparelhamento das funções típicas do Estado onde estas são usadas com intimidação contra os que não comungam com as suas ideias dos indecentes e, especialmente, com os seus interesses. Destarte, os organismos públicos e seus agentes sob o comando de dirigentes postos pelos políticos de ocasião se dão por direito da perseguição àqueles que são por eles os seus desafetos políticos e, contrários às suas ideias ou que resistiram à tentação da corrupção ao bem dos corruptos e corruptores para o mal do Estado.    

O único medo é o de que o poder dos bons, ora representado por Aécio Neves, não consiga ser vitorioso dado o tamanho do aparelhamento do Estado que inclui om sistema judiciário, dentre os quais o eleitoral que não nos têm mostrado transparência e confiabilidade – mesmo contando com a insistente propagando do TSE (inclusive com uma de cunho subliminar quando se fala para não trocar o que está bom pelo ruim)  sobre a segurança das urnas, o que leva à desconfiança por afirmações até mesmo infantis. Sistema que, implantado a partir do Nordeste poderá estar sendo um embrião de uma grande farsa e fraude eleitoral para sustentação de resultados favoráveis aos esquerdistas e seus aliados nas urnas gestadas para favorecimento da candidata petista. Daí, não restará remédio a não ser a mobilização da sociedade, através das instituições ainda não contaminadas pelo despudor e iniquidades plantadas pelos que dominam os Poderes da República há doze anos.             


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