Carta Aberta de autoria do Sr. Mário Gomes, cidadão de Juazeiro – BA – leonino
dos mais fervorosos e um dos baluartes das ações de assistência ao menor nesta
região –, é um primor na exposição de verdades incontestáveis contra governo do
Partido Comunista, o qual se instalou nesta referida cidade há mais de oito
anos. Exposições essas que corroboram com as minhas percepções e registros em
vários artigos e pareceres, inclusive, mediante publicações neste blog.
Em
verdade essa gente que, por oportunismo e/ou por perversidade, se aboletaram
nos Poderes Públicos em nome de uma ideologia que se sustenta na destruição da
história e sua negação, ao tempo em que promovem a destruição de reputações à
qualquer preço sem dó nem piedade. São verdadeiramente os absurdos dos Poderes
constituídos nesta República de banana que patrocina todo tipo de maldades à
sociedade em geral em benefício de uma casta privilegiada de marginais que se
autolegitimam em suas maldades pelo império dos Poderes Republicanos em
desfavor da própria República. São ao mesmo tempo algozes e justiceiros em nome
de causas inexistentes, que na realidade têm por objetos as suas próprias
causas pessoais em detrimento do desenvolvimento da sociedade em geral, que
sobrevive das migalhas permitidas pelos poderes soberanos dos bandidos
instalados em uma República de podridões.
Segue, ipsis litteris, a referida Carta Aberta de autoria do Sr. Mário Gomes.
CARTA
ABERTA À JUAZEIRO – Janeiro de 2018
“Os talentos,
enaltecidos ao coronal do apostolado literário, declaram às vezes, o absurdo,
com uma hombridade quase ridícula. (Camilo).”
Esta declaração (desabafo) será dirigida às
autoridades constituídas do Executivo, Legislativo e Judiciário, ao povo em geral:
pobres, ricos, cultos, incultos, mulheres e homens das zonas urbana e rural,
crianças, jovens, adultos e idosos, mortais e imortais e à imprensa falada,
escrita e televisada.
No dia 03 de
janeiro do ano 2018, ouvindo o programa “Sem Fronteiras”, da Rádio
Juazeiro, fiquei estarrecido, não somente pelo que disse o Prefeito Paulo Bonfim, mas pela repetição
do que vêm dizendo: ele, o ex-prefeito Isaac e muitos dos seus seguidores: "Isaac
- O maior Prefeito de Juazeiro", (sem analisar os itens que determinam ou
que afirmam isso...!). Nessa referida entrevista, ouvi por três ou quatro vezes:
"Se
cada Prefeito que passou por aqui tivesse feito um pouquinho,
a cidade era outra". Esta
afirmação pode não ter tido a intenção: de
rebaixar, mas rebaixou; de humilhar, mas humilhou; de diminuir, mas diminuiu;
de afrontar, mas afrontou; de descredenciar, mas descredenciou; de culpar, mas
culpou; de fazer injustiça, mas injustiçou; de fazer julgamento, mas julgou; de
ridicularizar, mas ridicularizou.
Passei
aquele dia pensando nas famílias dos ex-prefeitos de Juazeiro, especialmente os
já falecidos: Francisco Martins Duarte - Ramiro Ribeiro - Henrique Rocha - José
Inácio da Silva - Aprígio Duarte Filho - Adolfo Viana - Leônidas Torres -
Rodolfo Araújo - Miguel Siqueira - Edson Ribeiro - Alfredo Viana - Ludugero
Costa - José Padilha de Souza - Américo
Tanuri - Arnaldo Vieira do Nascimento -
Durval Barbosa da Cunha. Como será a reação dos familiares, ouvindo a
expressão: “...se tivessem feito um pouquinho!”
Me veio a lembrança de fatos e obras anteriormente e me
perguntei: sou analfabeto ou um desconhecedor da realidade? Já que cheguei aqui
com 11 anos, 1952 (hoje com 77 anos); acompanhei a política, desde 1959 (18
anos). Residi à rua da Pimenta, numa casa de taipa, nº 212, hoje rua Francisco
Martins Duarte. Juazeiro tinha aproximadamente 35 mil habitantes.
Continuei a me
perguntar: quem trouxe as faculdades para Juazeiro, a agricultura irrigada,
o Mercado do Produtor, a FENAGRI, o
Centro de Cultura João Gilberto, a 6ª Superintendência da CODEVASF, a energia
elétrica, a AGROVALE e o Distrito Industrial?! - quem criou os Distritos
Territoriais?! - quem iniciou e fez a maior parte do asfalto?! - quem mais incentivou
a cultura e construiu o Centro de Cultura João Gilberto?! – quem construiu o
canal da Vila Jacaré?! - quem canalizou os riachos que cortam a cidade?! - quem
iniciou o saneamento, inclusive com a implantação do SAAE?! - quem construiu o
Matadouro?! – quem construiu as praças e jardins o cais e os mercados
municipais?! – quem construiu as unidades habitacionais de Juazeiro III - IV -
V - VI - VII e VIII, Centenário, Castelo Branco, Country?! – quem implantou os
projetos: Cura I, Cura II, Cidades de Porte Médio e PRODUR, com inúmeras obras
e modernização administrativa para a cidade?! - quem mais elevou a autoestima
da cidade?! Quais dos Prefeitos, tiveram convivência pacífica com os eleitores
e adversários sem perseguição política?! Qual ou quais deles?!!!
Por que estou
perguntando tais coisas: porque repetidamente dizem que Juazeiro não tinha
nada!
Por
que estão a dizer aos quatro cantos que os Prefeitos anteriores não fizeram nem
um pouquinho. Há de se
reconhecer que Isaac também fez. Reconheça-se ainda que ele foi o único
Prefeito na história de Juazeiro a assumir um mandato por 8 anos consecutivos e
aliado a um sistema político que o favoreceu muitíssimo, considerando as
oportunidades de uma reeleição que em governos anteriores não havia. Foi também
beneficiado com o advento da Municipalização dos recursos. Portanto, a
diferença entre o modelo atual e o anterior, é de um trovão para um traque.
Quando
ainda jovem li um conto de autor desconhecido: “DEVOLVA O PEIXE À ÁGUA”:
“Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no
cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava no meio do lago. A
temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram
no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
O menino amarrou uma isca e
começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo,
elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascente sobre o lago. Quando o
caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai
olhava com admiração, enquanto o garoto, habilmente e com muito cuidado, erguia
o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só
era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe tão
bonito, com as guelras para trás e para frente. O pai então acendeu o fósforo e
olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a
abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino e
disse:
- Você tem que devolvê-lo,
filho!
- Mas pai... – reclamou o filho.
- Vai aparece outro – insistiu o
pai.
- Não tão grande quanto este,
choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago.
Não havia outras pessoas ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para
o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza de sua voz, que a
decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do peixe e o devolveu à
água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. E, naquele
momento, o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande quanto
aquele.
Isso aconteceu há muitos anos.
Hoje o garoto é um homem. O chalé continua lá, na ilha no meio do lago, e ele
leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição estava correta. Nunca
mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém,
sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética.
Porque, como o pai lhe ensinara, a
ética é simplesmente uma questão de certo ou errado. A ética, porém,
está em agir corretamente quando não se está sendo observado. Essa conduta reta só é possível quando,
desde criança, aprende-se a devolver o peixe à água”
Senhores, Prefeito
e ex, Paulo Bonfim e Isaac, seria muito bom que devolvessem à cidade: seu
status e sua posição perante a sociedade, quanto aos administradores passados.
Eles também fizeram...! Cada um na sua
época! Cada um dentro de suas possibilidades! Cada um priorizando a necessidade
do momento!
Longfellow, acertadamente escreveu para seus conterrâneos
(e vale até hoje!): “Nós
nos julgamos pelo que nos sentimos capazes de fazer, e os outros pelo que já
fizeram. Que bom reconhecer os que outros igualmente fizeram!”
Mário
dos Santos Gomes
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