Um artigo de fevereiro de 2010 e
atualíssimo que o republico com algumas revisões em sua redação. Nildo Lima
Santos – Consultor em Administração Pública e em Desenvolvimento
Institucional.
Os jogos de azar
bancados pelo Estado e por algumas empresas, dentre elas as de comunicações
(televisões e concessionárias de telefonia celular), e grupos financeiros com
jogos disfarçados em títulos de capitalização que, incoerentemente, são
proibidos pela legislação brasileira para a grande maioria da população e
instituições – população essa transformada por viciados e lesados jogadores –,
se inserem nos fatores que potencializam o imobilismo do indivíduo comum. Principalmente
àquele de baixa renda que vê nos jogos de azar a única esperança para um dia
prosperar financeiramente e socialmente. Destarte, o iludido passa a maior
parte de sua vida ativa esperando e sonhando por melhoras de vida nas
esperanças depositadas nas roletas oficiais da União ou de algum empresário
tutelado por esta que a cada dia engorda mais ainda as suas contas bancárias. O
imobilismo dos indivíduos, por conseqüência, potencializam, também, a
marginalidade e a violência e, quando menos grave, a sua indigência cujos
resultados no somatório das necessidades individuais exigem uma demanda de
assistência maior do que os recursos supostamente destinados pela União para a
área social do governo e arrecadados na jogatina desenfreada que vicia o
cidadão bancado por ela. Daí se tem a certeza do ciclo vicioso que empobrece a
nação e a sociedade a cada dia e, a cada novo artifício para se tirar dinheiro
do cidadão para supostamente financiar os programas sociais do governo.
Soma-se a esta
situação, ampliando a gravidade do problema, o assistencialismo do governo que
de forma criminosa subtrai do indivíduo a sua cidadania, tornando-o viciado das
filas do oportunismo ofertado pelos programas assistenciais que, ultimamente e
despudoradamente são anunciados claramente como moeda eleitoreira pelo sistema
dominante que tem o mérito de confundir a sociedade. Inclusive, dos pseudos
intelectuais, doutores e acadêmicos socialistas que, através da mídia televisiva
anunciam e disseminam dados manipulados e fabricados por instituições –
especialmente a imprensa - que estão aparelhadas e cooptadas pelo grupo
político dominante do momento, em situação jamais vista na história da
república brasileira.
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