*Nildo Lima Santos. Consultor em Administração Pública.
Já era tempo dos homens de bem e de bons costumes se mobilizarem para promover suas insatisfações com as bandalheiras instaladas nos Poderes da República por força de corporativismos e, de ideias mal concebidas do Estado. A mobilização para a constituinte foi uma delas, que, apesar de avanços em alguns setores, promovido pela Constituição Federal de 1988, inquestionavelmente, implantou liberalidades descabidas e, que são as maiores responsáveis pelo péssimo comportamento da sociedade que se espelha no que há de mais podre no ser humano – por conseguinte, nele mesmo – que é o individualismo exacerbado que contribui, consequentemente, com a falta de respeito ao próximo que é a negação da própria convivência em sociedade e, portanto, a negação de se viver em sociedade. Os desrespeitos são inúmeros e, que são cultuados como avanços democráticos, quando na verdade o indivíduo se transforma em bárbaro por sua natureza animal e egoísta.
Os exemplos são inúmeros: a aceitação do político que rouba mas faz; a aceitação da corrupção partidária como necessidade de garantia da governabilidade; a adoção de práticas clientelistas como forma de governo, mascaradas de assistência social; a adoção da compra de consciências e, consequentemente, de votos, através do assistencialismo mascarado de assistência social; a aceitação da invasão do patrimônio público e privado por movimentos que já deveriam ser enquadrados em crimes de formação de quadrilha (Afinal de contas, não tem um imóvel rural ou urbano, aquele que não se predispõe a crescer como ser humano e, continuará a não ter acesso aos bens de consumo e à vida mais digna – em uma sociedade desenvolvida, respeitável e equilibrada – , pensar-se ao contrário é canalhice e cafajestagem). É desconhecer que a riqueza humana se dá apenas pelo trabalho. Quem quer terra tem a obrigação de adquiri-la com os seus próprios meios e recursos. Quem não tem esta capacidade, não a terá para mantê-la, se a conseguir sem esforços pessoais. Não é justo, honesto e, não é razoável a apropriação das riquezas de indivíduos, que são em tese as riquezas humanas – por serem produtivas e de sustentação do sistema social, inclusive, por transferidas às gerações: presente e futuras –, para os que não têm o perfil que lhe identifique na escala produtiva, em todos os sentidos, inclusive, com relação ao conhecimento e capacidade de empreender esforços em prol da sociedade em geral, pela mínima contribuição que seja.
Concluo, portanto, que ao invés do assistencialismo e do clientelismo, o Estado tem a obrigação de estabelecer e criar as condições para a formação patrimonial do cidadão que se dará apenas com a sua formação, em todas as instâncias, para que este seja produtivo e, possa ser a alavanca para si mesmo e para a sociedade que prescinde de bons comportamentos talhados pelo trabalho – aqui falamos tão somente do trabalho honesto é lícito quando submetido à avaliação pelas leis.
Esta visão nós entendemos que, parte da sociedade já a possui, se inicia na mobilização nacional com a intenção, na necessidade da mudança, deste comportamento doentio do Estado Brasileiro que está corrompido nas mãos dos que não têm bons costumes – ou se os tinha, já os perdeu há tempos! – e vilipendiam a sociedade em geral que, felizmente, não é formada tão somente daqueles que: assaltam os cofres públicos; roubam caixas eletrônicos; sequestram cidadãos; adotam a mentira como estratégia política; invadem propriedades públicas e privadas; vivem no ócio propiciado pela assistência pública; vivem do imposto sindical; ficam ricos com as facilidades do dinheiro público; etc. E, por terem esta visão, que é a visão dos homens de boa formação e de bons costumes, isolados ou associados e encontrados nas instituições civis – aquelas não corporativistas –, militares e religiosas – excetuando-se raríssimas exceções – é que será possível um novo caminhar para a verdadeira mudança que o País ainda sonha apesar de estar vivendo o seu mais longo pesadelo.
Por isto há de ser diagnosticado e reconhecido que, as manifestações em algumas das capitais brasileiras, inclusive em Brasília, no dia 7 de setembro e no dia 12 de outubro, último, “É UM BOM SINAL” das mudanças que virão por aí.
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