É uma derivação do nome bíblico Noemi, de origem do hebraico
Na’omiy que quer dizer, “amenidade” ou “suavidade” que significa: FLORAR DO
BELO; AMA DE LEITE DE RUTE e, ainda, encantadora, agradável, suave. Na bíblia
Noemi era a sogra de Rute, no Antigo Testamento. Foi com certeza, o seu nome,
inspirado na bíblia pelo nosso avô e nossa avó maternos que eram evangélicos e,
que tiveram doze filhos contando com minha mãe: João, Dario, Moisés, Paulo,
José, Manoel (Fanuel), Plínio, Iracema e Ana, com vida até a fase adulta e,
Ruth I e, Ruth II que faleceram, ainda, na infância.
Outros significados expressam o nome Noeme:
SEMPRE ALERTA, AGIL, QUE TEM PERSONALIDADE, SINTONIZADA COM O
MUNDO, ESPÍRITO AVENTUREIRO
É esta mulher que hoje faz 90 anos que nós os seus filhos,
netos e bisnetos, noras, genros e amigos reverenciam no seu dia que é o nosso
dia.
A mulher que soube escolher o seu companheiro, MEU
INESQUECÍVEL PAI, Nivaldo Lima, que foi o principal provedor e orientador que
estabeleceu regras à boa formação familiar que juntamente com a nossa mãe Noeme
nos deu valores morais e éticos, hoje escassos na maioria das famílias.
Minha mãe a mulher sábia que impôs, em certo momento do
início do seu casamento, o retorno do campo para a cidade para que seus filhos, em idade escolar, iniciassem os seus estudos. A mulher ágil e dinâmica que,
ainda, solteira na fase inicial adulta corajosamente no Rio de Janeiro, onde
residiu por alguns anos, dirigia-se até o Ministério da Guerra para saber
informações e receber o soldo devido ao seu irmão, nosso tio Plínio, do qual
era procuradora, o, qual lutava na Europa na segunda guerra mundial. Época do
aprendizado necessário para que soubesse o real valor das coisas e da civilização
para a formação dos seus filhos. Consciência essa que justificava e convencia
ao nosso pai da necessidade de nos aventurarmos pelo mundo na busca do
conhecimento.
Busca esta que a mim, o primeiro dos seus filhos a sair de
casa no início dos meus 17 anos – certamente movido pelas histórias por ela
vivida e contadas, inclusive da oportunidade de ter visto o Zeppelin, das
histórias do Bonde e, outras mais – onde, eu decidido, meu pai contra e, minha
mãe destemida e confiante convenceu-o a que eu seguisse o meu caminho, o
destino que oportunizou a todos os outros seus filhos os mesmos destinos na
busca do crescimento como seres humanos e como profissionais, este último
raramente, na época oportunizado por aqui e, qualquer outra cidade do interior.
Lembro-me que o nosso pai não queria que a Neide retornasse ao Rio de Janeiro
para fazer novamente o vestibular para Arquitetura – para não dar trabalho ao
nosso tio Dario e sua família, já que lá foi abrigada e, não dispunha, meu pai,
de recursos para abrigar a nossa irmã em um pensionato – e, daí a minha mãe
procurou-me para conversar e eu me comprometi a alugar um apartamento para que
pudéssemos morar já que eu morava no
quartel e, isto foi o suficiente para que convencesse meu pai ao retorno de
minha irmã – e, sabíamos eu e minha irmã, que por trás estariam os esforços da
minha mãe para complementar a renda da família para educar os seus filhos,
fosse sendo procuradora de outros servidores públicos federais colegas do meu
pai que serviam em cidades onde não tinha banco, vendendo carvão, lenha,
frutas, confecções, costurando, fazendo doces, ajudando nosso pai a cultivar
hortas e fruteiras para os objetivos que eram o de formar meus irmãos, já que
eu, segui, ainda, muito cedo outros destinos geográficos e totalmente
independente fiquei afastado da família indo residir em Brasília, cabendo a
continuidade da saga a outra irmã Nara Lúcia – que ajudei a encaminhar e quando
me afastei já era empregada do Banco do Brasil. Mas, sabia que, a família
crescia com segurança com seus próprios esforços e com os esforços dos nossos
pais. Agradecemos, portanto, a esta senhora pelas lágrimas vistas em nossa
partida e não vistas pela nossa ausência, pela palavra de amor não dita,
mas, pelo amor sentido em todos os momentos de nossas vidas, tanto nas idas, no
retorno e, na permanência, ao tempo em que pedimos perdão, também, pelo nosso
amor não dito mas, existente em nosso ser e em nossa alma.
A senhora bonita e conciliadora que formou a cada um de nós,
juntamente com o nosso pai Nivaldo, sem a necessidade de cotas, já que, éramos
despossuídos de bens materiais, de origem europeia, com certeza, mas, também
africana – uns pardos, uns brancos, outros mais escuros e quase negros – e,
estudamos em escolas públicas na maior parte de nossa formação. Portanto, nunca
precisamos de cotas raciais e de pobreza para que evoluíssemos
profissionalmente e, principalmente, como seres humanos, mas, com certeza fomos
beneficiários das maiores cotas de: sabedoria, amor, paciência, tolerância, respeito,
fraternidade, lealdade, honestidade, sacrifício, felicidade e, outras que não nos
envergonham e não nos envergonharão nunca, que foram a nós proporcionadas por
minha mãe e pelo nosso pai.
A tudo isso agradecemos a essa senhora, nossa mãe Noeme pela oportunidade
de nossa vida e, eu, particularmente, peço a Deus que, em qualquer das
dimensões do universo, que, se vier a ter uma outra vida que eu tenha a oportunidade de
ser novamente seu filho, ...minha mãe! ...e, melhor seria a oportunidade de ser eu
a sua mãe para retribuir tudo aquilo que nos deu diretamente e, a oportunidade
de termos e, principalmente de sermos.
Parabéns minha mãe, nós a amamos e a amaremos pela eternidade
diante dos desígnios de Deus Todo Poderoso.
Obrigado minha mãe!!!!
Nildo Lima Santos
Em 11/02/2014
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