Nildo
Lima Santos. Consultor em Administração Pública
“O Povo e Sua Capacidade Seletiva"
"O Povo é admirável para escolher
aqueles a quem deve confiar qualquer parcela da sua autoridade.
Ele deve decidir só através de
coisas que não possa ignorar, e de fatos que caiam sob os sentidos.”
Montesquieu, in O espírito das
leis.
A escolha admirável no sistema democrático em um governo
Republicano, segundo Montesquieu, será negada na sua frase seguinte, segundo se
constata que, em outras palavras – para maior compreensão – diz: “O povo deve
decidir somente através de coisas que não as ignore e, de fatos que caiam sob o
seu entendimento”. Destarte, convém chamarmos a atenção para o que está a
ocorrer nos dias de hoje na republiqueta de bananas instalada neste País já a
partir de José Sarney, com profundas raízes na sedimentação do populismo como
forma de se fazer política populista positivada por Leis que negam o Estado
saudável ao bem do Povo, portanto, negam a democracia, já que, a democracia é o
governo do Povo pelo Povo e, para o Povo. E, a parte última da expressão “...para
o Povo” passa a ser negada quando são chamados para decidir na escolha do
governante os que ignoram a realidade do que deverá ser feito pelo escolhido em
benefício coletivo – em benefício do Povo – e, portanto, escolhem incompetentes,
desonestos, oportunistas, criminosos e, tudo que não presta para que
supostamente faça o que o eleitor deseja e espera. Piorando mais, ainda, a
situação em desfavor do Estado e da sociedade quando os escolhidos são, em
grande maioria, sustentados por um sistema político eleitoral criado por eles
mesmos para a auto-sustentação nos Poderes da República. Daí os escolhe-se: aqueles
eleitores que tenham consciência real do papel a ser exercido pelo escolhido e,
suas obrigações – por falta de opção – o governante que já sabe ser inaceitável
para o exercício do cargo; e, aqueles eleitores que não tenham a mínima consciência
do real papel a ser exercido – os analfabetos, semianalfabetos, jovens em
qualquer idade juvenil que não tenham tido a oportunidade do aprendizado das
ciências políticas e, do sistema de Estado em que vive (OSPB, Moral e Cívica) –
escolhem a esmo pelo desejo simples de ser eleito aquele que mais lhes
transmite ideias soltas sobre oportunidades individuais de acordo com as
carências materiais de cada eleitor. Destarte, compra-se votos com programas assistenciais,
com ofertas mentirosas de ganhos individuais propagadas aos quatro cantos por
programas assistencialistas criados apenas como forma de extorsão do voto e do
direito à cidadania, na chantagem fácil tutelada pelas instituições da República
propiciada pela positivação das intenções e desejos de fazer nas Leis editadas
por sistemas de governos dominantes que já se reconhecem bandidos nas múltiplas
esferas federadas.
É chegada a hora de dizer não ao Estado que degenera a
sociedade nele assente – e reconhecida como Nação –, na gradativa fragilização
deste, ao ponto do risco de perder a sua soberania, dado ao fato da perda de
sua identidade, unidade espiritual e, psíquica, que são pré-requisitos justificadores
do conceito Nação.
Por isto, devemos dizer
NÃO a este Estado bandido!!!
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