Nildo Lima Santos.
Consultor em Administração Pública
Discussões desenvolvidos pelo GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes) criado pelo Decreto nº 57.003, de 11 de outubro de 1965, com a denominação de Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes e com sua direção superior formada pelo Ministro da Viação e Obras Públicas, Ministro de Estado da Fazenda, Ministro Extraordinário para o Planejamento e Coordenação Econômica e pelo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, conforme foi sugerido pelo Acordo de Assistência Técnica firmado naquele ano entre o governo brasileiro e o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), portanto, de natureza estritamente governamental, em trabalho realizado em 1999 com o título “Discussão dos 10 Aspectos mais Relevantes do Transporte Rural Escolar, já admitia que a melhor forma de execução deste tipo de serviços é através da contratação por terceirização de transportadores escolares por empresas e profissionais autônomos, considerando os seguintes fatos:
a) evita a imobilização de capital em
veículos, garagens, oficinas e almoxarifados de peças sobressalentes;
b) evita os problemas do controle e
coordenação do trabalho de uma numerosa equipe de motoristas, mecânicos e
pessoal auxiliar;
c) evita as demoras e dificuldades
burocráticas normais de órgãos públicos na aquisição de peças e serviços de
oficina (que geralmente precisam ser realizadas em menos de 24 horas);
d) evitam as dificuldades burocráticas e
comerciais de aquisição de veículos no mercado de veículos usados, quando há
necessidade de substituir veículos da prefeitura em final de vida útil.
As discussões apontaram, ainda, como vantagens, segundo, informam no trabalho, in verbis:
“Há outra
grande vantagem da terceirização
ainda pouco explorada, é que ela permite
que o município incentive e regule o transporte remunerado de passageiros
comuns, em horários ou dias fora do expediente escolar. Isto, além
de beneficiar toda a população rural, proporciona uma renda extra aos
transportadores autônomos, tornando viável a aquisição de veículos novos ou em
melhor estado que os atuais.” (Destaco e grifo)
Evoluindo, em suas análises e, avaliações sobre o tema, o GEIPOT conclui que a melhor opção na contratação de transportes escolares é a terceirização através de prestadores de serviços autônomos, conforme justificam, in verbis, no item 5 de seus estudos em discussão:
“A contratação de profissionais autônomos que conduzam os veículos próprios ou da família é quase sempre mais vantajosa que a contratação de empresas. Por serem em geral produtores rurais ou filhos de produtores rurais e nativos ou antigos residentes do município, os transportadores autônomos inspiram confiança nos pais das crianças, o que em geral não ocorre com os motoristas de empresas que não permanecem muito tempo na linha, no emprego ou no município. Outra grande vantagem dos profissionais autônomos é que por constituírem em geral um empreendimento familiar, são auto-suficientes na manutenção do veículo, precisando gastar apenas com combustível, pneus e peças sobressalentes. Por esta razão conseguem cotar preços baixíssimos nas licitações da prefeitura e ainda ganhar dinheiro suficiente para permanecerem no negócio ano após ano.
Grandes e médias empresas de ônibus não participam das licitações de linhas do Transporte Rural Escolar por estarem habituadas a operar no Transporte Urbano ou no Transporte Intermunicipal de passageiros, onde os preços praticados correspondem ao dobro ou triplo dos preços praticados no Transporte Rural Escolar. As micro-empresas de ônibus quando sediadas no município e de caráter familiar podem oferecer as mesmas vantagens dos transportadores autônomos mais também não têm condições de adquirir ônibus ou microônibus novos ou em muito bom estado.” (Destaco e grifo)
Referências:
01
- Discussão dos 10 Aspectos mais Relevantes do Transporte Rural Escolar www.geipot.gov.br/estudos.../transporte_rural/aspectos_relevantes.doc.;
02
- SANTOS, Nildo Lima; site: wwwnildoestadolivre.blogspot.com – Transporte
Escolar. Fatores condicionantes a serem observados para uma boa gestão
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