Resumo
histórico da CBO publicado como apresentação necessária ao conhecimento da
matéria em sites oficiais do governo, dentre eles: www.mtecbo.gov.br
Entendendo
a origem da CBO:
A
publicação oficial da primeira Classificação Brasileira de Ocupações através da
Portaria Ministerial n.º 3.654, de 30 de novembro de 1977, marca o início da
implantação das classificações de ocupações que, a partir de então, vêm
servindo de referência para os estudos da força de trabalho no País.
Para
a elaboração da primeira Classificação Brasileira de Ocupações, foram
utilizados o Cadastro Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho,
organizado em 1971, contendo descrição detalhada de 522 ocupações extraídas de
103 planos de cargos enviados ao Ministério do Trabalho por empresas de
diversos ramos de atividades espalhadas pelo País, e a International
Statistical Classification of Occupations - ISCO (Classificación Internacional
Uniforme de Ocupaciones-CIUO), editada em 1958 pela Organização Internacional
do Trabalho - OIT.
Em
1972, a
partir de um convênio assinado entre o Brasil e as Nações Unidas, foi realizada
uma pesquisa que gerou 201.906 títulos de ocupações. Esses títulos foram
trabalhados de forma a se evitarem denominações diferentes e nem sempre
adequadas para uma mesma ocupação ou a mesma denominação para ocupações
diferentes e atribuições nem sempre compatíveis com a natureza da ocupação.
Desse trabalho resultou o anteprojeto da estrutura da primeira versão da
Classificação Brasileira de Ocupações editada em 1982 e atualizada em 1994.
A
versão de 1994 da Classificação Brasileira de Ocupações vinha sendo utilizada
pela administração pública, particularmente nos registros do Ministério do
Trabalho e Emprego, como, por exemplo, na Relação Anual de Informações Sociais
-RAIS e no Cadastro Geral de Desempregados - CAGED. Não era utilizada, no
entanto, no sistema estatístico, que vinha adotando uma classificação de
ocupações própria, elaborada com base na Classificação de Ocupações do Programa
de Censos da América - COTA.
Com
o objetivo de possibilitar a comparabilidade das informações tanto em nível
nacional como internacional, o Ministério do Trabalho, em conjunto com o IBGE,
iniciou em 1996 a
revisão da Classificação Brasileira de Ocupações - 1994. Embora a revisão da
classificação não tenha sido concluída antes da realização do censo demográfico
2000, foi usada a versão provisória denominada CBO -Domiciliar que será a mesma
usada nas demais pesquisas domiciliares.
A
nova versão oficial da classificação de ocupações é a CBO - 2002, que apresenta
pequenas diferenças em relação à CBO - Domiciliar. A CBO - 2002 teve sua
estrutura aprovada e divulgada pela Resolução Concla nº 5, de 2002, publicada
no Diário Oficial de União de 22/09/2002, e está sendo implementada nos
registros da administração federal desde 2003. Sua gestão é feita pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, em cuja página da Internet podem ser obtidas
informações mais detalhadas.
Entendendo
a nova CBO e, a sua importância para os sistemas de Políticas Públicas e de
Gestão de Pessoal:
Por meio desta publicação o Ministério do Trabalho e Emprego -
MTE disponibiliza à sociedade a nova Classificação Brasileira de Ocupações -
CBO, que vem substituir a anterior, publicada em 1994.
Desde a sua primeira edição, em 1982, a CBO sofreu alterações
pontuais, sem modificações estruturais e metodológicas. A edição 2002 utiliza
uma nova metodologia de classificação e faz a revisão e atualização completas
de seu conteúdo.
A CBO é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos
e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro.
Sua atualização e modernização se devem às profundas mudanças ocorridas no
cenário cultural, econômico e social do País nos últimos anos, implicando
alterações estruturais no mercado de trabalho.
A nova versão contém as ocupações do mercado brasileiro,
organizadas e descritas por famílias. Cada família constitui um conjunto de
ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo que
aquele da ocupação.
O banco de dados do novo documento está à disposição da
população também em CD e para consulta pela internet.
Uma das grandes novidades deste documento é o método utilizado
no processo de descrição, que pressupõe o desenvolvimento do trabalho por meio
de comitês de profissionais que atuam nas famílias, partindo-se da premissa de
que a melhor descrição é aquela feita por quem exerce efetivamente cada
ocupação.
Estiveram envolvidos no processo pesquisadores da Unicamp, UFMG
e Fipe/USP e profissionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial -
Senai. Trata-se de um trabalho desenvolvido nacionalmente, que mobilizou
milhares de pessoas em vários pontos de todo o País.
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