Confesso
que não conheço nem dez por cento das atividades do MST (Movimento dos Sem
Terra). Entretanto, o pouco que conheço de tal movimento é o bastante para
saber que se trata de um movimento marginal orquestrado por políticos em prol
de seus interesses como suporte para a manutenção do Estado na mão dos que hoje
dominam a política brasileira. É uma estratégia definida para que os políticos
e ideólogos do partido político dominante continuem a dar as cartas, mesmo que
percam o poder e o domínio do Estado e através deste. É a estratégia da
manipulação de massa, em especial dos menos esclarecidos e, até mesmo, dos
oportunistas que hoje é uma soma significativa no nosso País e que foi ampliada
através dos ditos programas sociais a partir da distribuição de leite, vale
gás, bolsa renda e bolsa família. É a oportunidade que faz o oportunista que
anseia receber do governo benesses sem a contra-partida do trabalho que há
muito era honra para a maioria dos cidadãos brasileiros.
Não
há como negar que o MST é um movimento fora da lei. Esta afirmação se faz forte
quando interpretados os incisos XV, XVI, XVII e XXII do artigo 5º da
Constituição Federal, assim compreendidos:
a)
O caput do artigo 5º diz:
Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes: (grifo nosso).
b)
O inciso XV estabelece que:
“É livre a
locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;” (Grifo
Nosso).
c)
O inciso XVI estabelece que:
“Todos
podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente.” (Grifo Nosso).
d)
O inciso XVII estabelece que:
“É plena a
liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar.” (Grifo Nosso).
e)
O inciso XXII estabelece que:
“É
garantido o direito de propriedade.” (Grifo Nosso).
O
direito à propriedade é constantemente agredido pelos integrantes do MST que
invadem propriedades privadas costumeiramente sem os freios necessários para a
garantias de direitos dos cidadãos e, muitas vezes com a anuência das
autoridades do Estado através de múltiplos incentivos, inclusive do Ministério
Público que faz vistas grossas e os estimulam através dos conhecidos TAC’s
(Termos de Ajustes de Condutas) sempre favoráveis aos que cometem crime de
invasão de domicílios e de propriedades públicas e privadas. Termos estes que
funcionam contra o Estado e, consequentemente, contra o cidadão. Destarte, servindo
os agentes de tal instituição para dilapidação do Estado e da ordem democrática
e cidadã.
O
direito do cidadão à livre locomoção é completamente violentado quando o MST, em
horda que poderá muito bem ser denominada de “quadrilha” bloqueia estradas,
prédios públicos, pontes e viadutos impedindo a passagem de transeuntes,
viajantes, pessoas doentes e cargas; destarte, gerando desconfortos e imensos
prejuízos aos cidadãos e à Nação. Não temo em qualificar tal movimento de
“quadrilha”, já que a reunião é para a prática de atos ilícitos, inclusive com
ameaças e violências. Quem já ficou preso nas barreiras armadas pelo MST sabem
o que eu estou dizendo – agem com ameaças, depredam carros dos particulares, espancam
os que ousam descumprir, no mínimo, as suas ordens absurdas –. É um verdadeiro terror.
Quem
são na maioria, os integrantes do MST?
– Dentre
alguns, um primo, filho de um dos irmãos do meu pai. Nunca foi agricultor,
nunca residiu na zona rural. Era consumidor de droga pesada e negociava com
artesanato em pedra, antes de ser recrutado para o MST.
– Alguns que são militantes filiados ao
Partido dos Trabalhadores e, que misturam as diretrizes do partido com as
diretrizes do movimento.
– Empregadas
domésticas e trabalhadores urbanos que, se ancoram no movimento com a promessa
de ganharem terra de graça, além das cestas básicas que são fornecidas pelos
Estados e pelos Municípios onde os governos são do PT ou aliados a este e, pelo
Governo Federal através dos programas sociais, inclusive uma boa parte dos
integrantes do MST gozam dos benefícios do “Bolsa Renda”.
Muitos outros
tratamentos especiais lhes são dados com o dinheiro do contribuinte para que se
fortaleçam em suas práticas ilegais e marginais que afrontam toda a sociedade
brasileira. Além dos tratamentos especiais que lhes são dados indiretamente
através das ONG’s, existem os tratamentos diretamente dados através das
empresas estatais, tais como: a CODEVASF e a CHESF, para os integrantes do
movimento na Região do Vale do São Francisco, com investimentos em melhorias dos
acampamentos, fornecendo água tratada, água bruta, energia, reservatórios de
água, melhorias habitacionais, dentre outros. Portanto, o MST é um braço do
governo que se quer perpetuar, mesmo fora do Poder, caso ocorra nas próximas
eleições. Quanto a isto, não tenho dúvidas.
*Nildo Lima
Santos. Consultor em Administração Pública.
Pós-Graduado em Políticas Públicas e Gestão de Serviços Sociais.
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