terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Citação consultor Nildo Lima Santos em Dissertação de Mestrado



Excertos de Dissertação de Mestrado Profissional em Ensino em ciências da Saúde e do Meio Ambiente UniFOA, citando textos do consultor Nildo Lima Santos.
web.unifoa.edu.br/portal_ensino/mestrado/mecsma/arquivos/.../ivan-pessanha.pdf
wwwnildoestadolivre.blogspot.com.br. Acesso em: 02 de junho de 2014. ______, A. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios.

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE



EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA: ENSINO POR MEIO DE COOPERATIVAS


Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente do UniFOA como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre.

Aluno:
Ivan Ronaldo de Almeida Pessanha

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Denise C. G. de Andrade Rodrigues

Co-Orientador: Prof. Dr. Marcelo Paraíso Alves

VOLTA REDONDA
 2015


RESUMO


A educação ambiental é considerada um tema multidisciplinar, especialmente a sua vertente crítica, a qual contribui para que o indivíduo exerça sua cidadania, uma vez que os diversos campos do saber estimulam o aluno à ação consciente dos seus direitos e deveres, algo fundamental para o convívio coletivo. Assim, este trabalho envolve educação e meio ambiente, com destaque para a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), numa escola municipal de Angra dos Reis, correlacionando- -a com a educação ambiental crítica, a sustentabilidade ambiental e o chamado trabalho alternativo. Nessa perspectiva, buscamos uma estratégia que incentive a formação de uma cooperativa de trabalho, a qual além de promover o bem-estar econômico, possa também contribuir para a promoção socioambiental dos agentes envolvidos. Com a intenção de investigar a concepção dos alunos sobre educação ambiental e subsequente elaboração de um manual, o qual contribua para a formalização de uma cooperativa de trabalho, foi feita uma investigação do tipo qualitativa mediante aplicação de questionários estruturados. A pesquisa envolveu setenta alunos da Escola Municipal Coronel João Pedro de Almeida. Os resultados mostram que um manual pode ser utilizado como ferramenta importante para orientar, facilitar e abreviar o caminho para aqueles que venham se interessar pela criação de uma modalidade de trabalho alternativo. A ideia é incentivar a criação de uma cooperativa de trabalho que se utilize de atividades artesanais as quais possam ser consorciadas com a vocação turística regional. Dessa forma, como o município de Angra dos Reis apresenta uma sazonalidade de oferta de empregos, dependendo muito do verão para sua dinâmica socioeconômica, acreditamos que essa ferramenta possa contribuir para a promoção econômica e socioambiental dos envolvidos.

Palavras-chave: Educação ambiental crítica; EJA; cooperativa de trabalho
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Vale ressaltar que existem diferenças entre cooperativas de trabalho e cooperativas de mão-de-obra. Martins (2003) diz que nas cooperativas de trabalho há a prestação de serviços pelos associados da cooperativa, que são autônomos. Já nas cooperativas de mão de obra, há a exploração dela por terceiros. As cooperativas de trabalho podem utilizar capital, equipamentos e instalações industriais próprios, produzindo bens e serviços. São exemplos as cooperativas de médicos, dentistas, engenheiros, etc. As cooperativas de mão de obra são aquelas que operam nas instalações de outras empresas, isto é, os tomadores de serviço.

Vale destacar que existem vários tipos de sociedades cooperativistas, no entanto, nesse trabalho damos ênfase às cooperativas de trabalho, especialmente aquelas voltadas para os pequenos cooperados. Nesse caso, o modelo societário cooperativista em destaque se enquadra na vertente conhecida como economia solidária, a qual vislumbra uma assistência maior para indivíduos com baixos níveis socioeconômicos. No entanto, a lei que regulamenta as cooperativas no Brasil oportuniza possibilidades para que as diversas modalidades cooperativistas desenvolvam suas particularidades. Essa flexibilidade é importante para a sobrevivência dessas atividades produtivas, especialmente num mercado tão competitivo quanto ao atual.

Santos (2004, p. 1) nos diz que as sociedades cooperativas se destacam por:

1. Serem sociedades de pessoas, com forma própria e natureza civil. Tanto pode ser formada por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas;
2. Seu funcionamento ser regido pela Lei Federal nº. 5.764/71, de 16 de dezembro de 1971, a qual “define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas”;
3. Não terem a finalidade lucrativa, entretanto, têm finalidade econômica para atender aos objetivos sociais em prol dos cooperados;
4. O cooperado não ter vínculo empregatício com a cooperativa (art. 90 da Lei nº. 5.764/71 e parágrafo único do artigo 442 da CLT). “O cooperado é autônomo. Determina o inciso IV, do § 15 do art. 9º do Regulamento da Previdência Social, estabelecido pelo Decreto nº. 3.048/99, que o trabalhador associado à cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços a terceiros é segurado contribuinte individual, o que na prática significa que é trabalhador autônomo”.

As características das cooperativas de trabalho, em que o seus integrantes são autônomos, vêm propiciando uma maior flexibilidade para a aquisição de um posto de trabalho, pois essa realidade elimina diversos encargos trabalhistas convencionais, tal como indenização por dispensa trabalhista.
Pg. 62 e 63
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Pg. 103
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Pg. 111

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