Excertos de Dissertação de Mestrado Profissional em Ensino em ciências da Saúde e do Meio Ambiente UniFOA, citando textos do consultor Nildo Lima Santos.
web.unifoa.edu.br/portal_ensino/mestrado/mecsma/arquivos/.../ivan-pessanha.pdf
wwwnildoestadolivre.blogspot.com.br. Acesso em: 02 de junho de 2014. ______, A.
Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios.
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA: ENSINO POR MEIO DE COOPERATIVAS
Dissertação
apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde
e do Meio Ambiente do UniFOA como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Mestre.
Aluno:
Ivan Ronaldo
de Almeida Pessanha
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Denise C. G.
de Andrade Rodrigues
Co-Orientador: Prof. Dr. Marcelo
Paraíso Alves
VOLTA REDONDA
2015
RESUMO
A educação ambiental é
considerada um tema multidisciplinar, especialmente a sua vertente crítica, a
qual contribui para que o indivíduo exerça sua cidadania, uma vez que os
diversos campos do saber estimulam o aluno à ação consciente dos seus direitos
e deveres, algo fundamental para o convívio coletivo. Assim, este trabalho
envolve educação e meio ambiente, com destaque para a modalidade Educação de
Jovens e Adultos (EJA), numa escola municipal de Angra dos Reis,
correlacionando- -a com a educação ambiental crítica, a sustentabilidade
ambiental e o chamado trabalho alternativo. Nessa perspectiva, buscamos uma
estratégia que incentive a formação de uma cooperativa de trabalho, a qual além
de promover o bem-estar econômico, possa também contribuir para a promoção
socioambiental dos agentes envolvidos. Com a intenção de investigar a concepção
dos alunos sobre educação ambiental e subsequente elaboração de um manual, o
qual contribua para a formalização de uma cooperativa de trabalho, foi feita
uma investigação do tipo qualitativa mediante aplicação de questionários
estruturados. A pesquisa envolveu setenta alunos da Escola Municipal Coronel
João Pedro de Almeida. Os resultados mostram que um manual pode ser utilizado
como ferramenta importante para orientar, facilitar e abreviar o caminho para
aqueles que venham se interessar pela criação de uma modalidade de trabalho
alternativo. A ideia é incentivar a criação de uma cooperativa de trabalho que
se utilize de atividades artesanais as quais possam ser consorciadas com a
vocação turística regional. Dessa forma, como o município de Angra dos Reis
apresenta uma sazonalidade de oferta de empregos, dependendo muito do verão
para sua dinâmica socioeconômica, acreditamos que essa ferramenta possa
contribuir para a promoção econômica e socioambiental dos envolvidos.
Palavras-chave: Educação ambiental
crítica; EJA; cooperativa de trabalho
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Vale ressaltar
que existem diferenças entre cooperativas de trabalho e cooperativas de
mão-de-obra. Martins (2003) diz que nas cooperativas de trabalho há a prestação
de serviços pelos associados da cooperativa, que são autônomos. Já nas
cooperativas de mão de obra, há a exploração dela por terceiros. As
cooperativas de trabalho podem utilizar capital, equipamentos e instalações
industriais próprios, produzindo bens e serviços. São exemplos as cooperativas
de médicos, dentistas, engenheiros, etc. As cooperativas de mão de obra são
aquelas que operam nas instalações de outras empresas, isto é, os tomadores de
serviço.
Vale destacar
que existem vários tipos de sociedades cooperativistas, no entanto, nesse
trabalho damos ênfase às cooperativas de trabalho, especialmente aquelas
voltadas para os pequenos cooperados. Nesse caso, o modelo societário
cooperativista em destaque se enquadra na vertente conhecida como economia
solidária, a qual vislumbra uma assistência maior para indivíduos com baixos
níveis socioeconômicos. No entanto, a lei que regulamenta as cooperativas no
Brasil oportuniza possibilidades para que as diversas modalidades
cooperativistas desenvolvam suas particularidades. Essa flexibilidade é
importante para a sobrevivência dessas atividades produtivas, especialmente num
mercado tão competitivo quanto ao atual.
Santos (2004,
p. 1) nos diz que as sociedades cooperativas se destacam por:
1. Serem
sociedades de pessoas, com forma própria e natureza civil. Tanto pode ser
formada por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas;
2. Seu
funcionamento ser regido pela Lei Federal nº. 5.764/71, de 16 de dezembro de
1971, a qual “define a política nacional de cooperativismo e institui o regime
jurídico das sociedades cooperativas”;
3. Não terem a
finalidade lucrativa, entretanto, têm finalidade econômica para atender aos
objetivos sociais em prol dos cooperados;
4. O cooperado
não ter vínculo empregatício com a cooperativa (art. 90 da Lei nº. 5.764/71 e
parágrafo único do artigo 442 da CLT). “O cooperado é autônomo. Determina o
inciso IV, do § 15 do art. 9º do Regulamento da Previdência Social,
estabelecido pelo Decreto nº. 3.048/99, que o trabalhador associado à
cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços a terceiros é segurado contribuinte
individual, o que na prática significa que é trabalhador autônomo”.
As
características das cooperativas de trabalho, em que o seus integrantes são
autônomos, vêm propiciando uma maior flexibilidade para a aquisição de um posto
de trabalho, pois essa realidade elimina diversos encargos trabalhistas
convencionais, tal como indenização por dispensa trabalhista.
Pg. 62 e 63
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