Nildo Lima Santos. Consultor em Administração Pública.
Nos registros estatísticos
oficiais sobre a educação, estão a mostras, dados assustadores: os que indicam índice
elevadíssimo da taxa de evasão e de abandono escolar nos níveis do ensino médio.
As taxas apresentadas pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em
estudos dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios de 2009 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) demonstram números elevadíssimos, entre os jovens de 15 a 17 anos.
Portanto, na fase que é de fundamental importância da vida do ser humano, na
transição da adolescência para a fase adulta onde se formam o caráter e, o sentido dos significativos
valores humanos. As causas são várias, mas, as de maiores significâncias estão
relacionadas, certamente, a:
a) desestímulo
pela má qualidade do ensino médio;
b) grade curricular fora
do contexto necessário para a formação do jovem para o trabalho e, por
consequência para a sua independência financeira; isto é, para o efetivo
crescimento como um ser capaz de se manter através da formação educacional;
c) maus exemplos,
espelhados nos exemplos de sucesso obtidos por políticos, nesta “Neo República”,
nesta última década, com a ascensão aos cargos públicos de: prefeitos, vice-prefeitos,
vereadores, deputados, senadores, governadores, vice-governadores, presidente
da república, vice-presidente da república e, dirigentes e ocupantes de cargos
comissionados nas administrações diretas e indiretas, sem o mínimo preparo e
sem adequada formação educacional, sendo o exemplo maior o ex-presidente Lula,
amesquinharam, apequinaram, os valores da formação humana e da educação; e, com
eles, todos os atributos morais e éticos, necessários, encontrados virtuosamente
na educação, para o crescimento da sociedade humana.
A prova relacionada aos
maus exemplos ditados nesta República contemporânea é que, os maiores índices
de evasão escolar (abandono) estão justamente nessa faixa etária (15 a 17 anos)
e, nas regiões onde o índice de pobreza e de falta de informações são altíssimos;
assim, como os são os índices de abandono escolar nos Estados da Região Norte
onde em todos eles o índice superou a taxa de 60%. Sendo o Estado de Rondônia o
de maior índice, cuja taxa de evasão foi de 68,4%.
Percebe-se nos dados que,
o restante do País, apesar de índices menores do que os dos Estados da Região
Norte, estes, ainda, continuam altíssimos e escandalosos e, nos indicam a certeza
de algumas gerações perdidas. Em São Paulo – o Estado mais rico do País – o índice
de abandono escolar foi à taxa significativa de 45,6% e, no Distrito Federal –
sede dos Poderes da República –, vergonhosamente, o índice, apesar de ter sido o
menor, foi registrado taxa de 31,2%. Destarte, dando-nos a certeza de que o problema é de Estado e, não localizados como se
queriam e se querem fazer supor alguns estudiosos e maniqueístas de esquerda
encastelados nos Poderes da República, de onde são irradiados os piores
exemplos para a nossa juventude. Estudar pra quê?... Interrogam-nos com altivez
e segurança. – E o Lula? ...e, o Tiririca? ...e, o Prefeito tal? ...e, o Vereador
tal? ...e, o Deputado tal? ... e, o Ministro tal? ...e, o Secretário tal? ...todos
bem de vida e, precisaram estudar? ...não, com uma dose de malandragem,
articulação política e paciência, chega-se lá mais cedo do que se espera. Se
demorar um pouco têm o alívio dos programas sociais e, pode-se até correr o
risco de ficar rico arriscando nos jogos de azar bancados pelo governo Federal
através da CAIXA, ...ou, com mais sorte, um cargo público ou de agente
político, resolve tudo, ou então: um assalto aqui; outro ali! ...uma fraude
aqui; outra ali! ...um sequestro aqui; outro ali! ...uma invasão de terra aqui;
outra ali! ...as opções são muitas e, respondo com a mais pura certeza: estudar
pra que?!
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