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Nildo
Lima Santos
Trabalho de estudos maçônicos
apresentado há mais de 20 anos, na Loja Segredo Força e União de Juazeiro que
já anunciava e informava a degradação do Estado Brasileiro. Aos estudos feitos
naquela época, em leitura de textos de Ianni e Montesquieu, fazendo paralelo
com os estudos e problemas brasileiros, em 1996:
“O Estado surgiu da necessidade do controle da perversidade
humana praticada para atender aos anseios dos indivíduos em sociedade geral, surgida
pelas carências individualizadas de cada ser humano.
A sociedade promove a nossa felicidade positivamente mantendo
juntos os nossos afetos, enquanto que o governo age negativamente se contrapondo
às liberdades individuais mantendo sob freio os nossos vícios.
A sociedade protege as liberdades enquanto que o governo
pune. A sociedade é sob qualquer condição uma benção; o governo, inclusive na
sua melhor forma, nada mais é do que um mal necessário, e na pior forma
insuportável.
Nas teorias do Estado moderno, podemos conceituar,
abandonando as demais formas de estado, apenas duas que a sociedade mundial
gira hoje em derredor e de suas derivações, que são: a democracia e o
liberalismo.
A democracia, como forma de governo é bem antiga. Definida
pelos gregos como governo dos muitos, dos mais, da maioria, ou dos pobres. Em
suma, segundo a própria composição da palavra: “como governo do povo, em contraposição ao governo de uns poucos”.
O pressuposto para a existência da democracia é de que: “O princípio de toda soberania reside
essencialmente na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer uma
autoridade que não emane expressamente da nação”. É o que está escrito na
Declaração de 1789 dos Estados Unidos, supostamente tão copiada por nós brasileiros.
No pensamento liberal, o fim principal é a expansão da
personalidade individual, mesmo se o desenvolvimento da personalidade mais rica
e mais dotada puder se afirmar em detrimento do desenvolvimento da personalidade
mais pobre e menos dotada.
Toda a história do pensamento político está dominada por uma
grande dicotomia: organicismo e individualismo. Enquanto o organicismo
considera o Estado como um grande corpo composto por partes que concorrem –
cada uma segunda sua própria destinação e em relação de interdependência com
todas as demais para a vida do todo, e, portanto, não atribui nenhuma autonomia
aos indivíduos “uti singuli”, o individualismo considera o Estado como um
conjunto de indivíduos e como o resultado da atividade deles e das relações por
eles estabelecidas entre si.
Podemos dizer, com outras palavras que o indivíduo que é
protegido pelo liberalismo não é o mesmo que é protegido pela democracia.
Diante destas complexas definições das teorias políticas,
aumentadas com suas fusões e derivações, as sociedades requerem modelos e
estereótipos dos países mais desenvolvidos que, sabiamente, estabeleceram as
suas culturas nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, através dos
meios de comunicação para a implantação e aceitação nestes e por estes do neocolonialismo.
Desta forma, os cidadãos que fazem política municipal e
regional, traça-a dentro deste prisma e, inconscientemente, sustentam todo um sistema
de domínio internacional que tem como objetivo agravante a deterioração do
Estado concorrente para a satisfação plena dos indivíduos da nação
colonialista.
Surge então, o início da degradação do estado, daí a
democracia se dá somente, na hora da escolha dos representantes impostos pelos
vícios da sociedade já desvirtuada pela cultura neocolonialista passando então
o povo representado a ser escravo dos seus representantes.
A sociedade passa a ser viciada através da imposição dos
interesses individuais da minoria que, sob a proteção dos neocolonialistas,
conscientemente ou inconscientemente lhes servem implantando o domínio
legitimado pela grande massa humana inconsciente. Então, o que se vê é a mesma
prática generalizada e aceita nas instituições civis, militares e
eclesiásticas, onde passa a existir o mesmo método aplicado pelos neocolonialistas
para o domínio do poder por um pequeno número de indivíduos, essencialmente, os
mais individualistas, os mais ambiciosos, os oportunistas sem caráter, e os
mais sequiosos do poder e domínio dentro da visão capitalista que é utilizada apenas
como forma de sustentação dos poderes institucionais, sejam estes de esquerda
ou de direita, negando-o em sua utilidade ao bem da sociedade e do sistema
democrático. Os interesses se camuflam em uma simbiose de propósitos
inconfessáveis e apenas socializados entre os membros do grupo político de
domínio do estado. O ciclo vicioso então está implantado. Já não existe mais o
estado de direito e o cidadão passa a ser mero instrumento de manobra do
sistema dominante.
Os juízes já não são justos, os políticos, administradores
públicos e demais agentes públicos são das piores espécies (traficantes,
contrabandistas, corruptos, oportunistas, etc.). As instituições civis,
militares e religiosas já não atendem aos anseios da sociedade e sobrevivem
para a manutenção da concentração de poder nas mãos de poucos e, as controla
através de artifícios vis.
Eis, então, o caos implantado sem retorno a não ser através
de um intenso e exaustivo trabalho de conscientização pela educação e pela
cultura sem a aceitação da imposição neocolonialista, de direita, centro ou de
esquerda, através da imprensa falada, escrita e televisada, ou então, através
do derramamento de sangue.
Destarte, será a oportunidade de um outro momento, onde não
mais veremos um quadro onde os poderes da nação – executivo, legislativo e
judiciário – se quedarem a um poder maior e de fato, como acabamos de ver e
confirmar, recentemente, relacionados ao império dos sistema de comunicações
das redes de televisão e dos jornais de maior circulação deste país, que condicionam
a população a aceitações de situações antes impensáveis mudando comportamentos
de jovens e do povo simples e despreparado para uma vida mais digna, a
conscientizarem como coisa natural toda ordem de descalabros e conceitos que
negam as tradições do povo brasileiro, dentre as quais, as Cristãs e patrióticas.
Deteriora-se a sociedade ao bem maior dos que dominam o estado, sem a preocupação
com a sociedade e suas novas gerações, com a pátria e sua soberania.
Ficam como fecho deste trabalho, para reflexão, as seguintes
máximas:
- De Paul Joseph Goebbells, ministro da
propaganda nazista de Hitler:
“Minta, minta o máximo que puderes sobre os teus adversários que, sempre
no fundo, sobrarão resquícios de verdades.”
- E de Shakespeare, ao dizer:
“Estou esperançoso de que com o maciço desenvolvimento das comunicações
poderemos viver num mundo em que o livre acesso à mente das pessoas, em toda a
parte, nos habilitará a realizar os nossos objetivos por meio da competição de
ideias, em lugar das pressões dos armamentos e da força.”
Nas mãos de quem estão as comunicações e a grande maioria dos
órgãos de imprensa de nosso País?! São à toa as concessões de canais de
televisão e de estações de rádios a políticos e empresários...?! ...Tudo tem um
objetivo: o de manipular a grande massa humana através das mentiras veiculadas
a interesse do sistema político dominante sempre vinculados ao neocolonialismo –
hoje representado por vários países vinculados a um sistema econômico que
domina o mundo –, e de poucos indivíduos, geralmente, herdeiros do sistema
político deixado pelos parentes do passado e do presente. Então, temos os
piores políticos, os piores administradores públicos, as piores leis, e leis e
instituições que não funcionam e o Estado Brasileiro completamente deteriorado.”
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