Nildo Lima Santos. Consultor em Administração Pública
Na verdade está tudo dentro do script.
Tudo planejado para tirar o foco da lava jato, ao tempo em que, mobiliza toda a
sociedade para as ruas, com a oportunidade
para os sindicatos, já desgastados - que são de esquerda, cuja maioria segue a
cartilha dos petistas! -, e militantes ganharem corpo em uma causa única
promovida pelo governo em conluio com os seus comparsas das esquerdas e de um
mesmo esquema de poder criminoso que assaltou este país. A regra é as esquerdas
tomarem as ruas e, de preferência, ao lado do povo que reclama pela mesma causa
e, daí, vão se tolerando e se aceitando em uma causa, em tese, que é de todos.
Os parlamentares terão a oportunidade para se colocarem ao lado do cidadão
trabalhador em desfavor da proposta do governo e, o governo com seus cúmplices
terão um novo discurso para conter os ânimos dos que estão contra a podridão
dos poderes da república, daí, os focos são desviados da lava-jato, da
roubalheira dos líderes partidários, ex-presidentes, e de seus aliados
políticos, do escandaloso assalto aos cofres públicos pelos empresários e políticos
em geral. O foco passa a ser a previdência que tem mais de 70% da população ativa
brasileira, na sua dependência, no presente e/ou no futuro. O coro nos gritos da
esquerda e da direita, passará a ser um só e, portanto, passarão a ser confundidos
uns com os outros, pela visão da população e efetivamente pelos eleitores, nas
pautas do congresso e da imprensa em geral. É a oportunidade para jogarem os botes
salva-vidas para todos. O bote salva-vidas é efetivamente o recuo planejado e
negociado do governo das suas propostas de reformas que existem apenas como
estratégia de se manterem nos Poderes da República na geração de uma imensa
confusão para a sociedade e, articuladamente, eles, os integrantes dos Poderes,
na calada das noites desenharão mais uma triste história para esta Nação
enganando-a e acomodando-a à aceitação de tudo que tramam que terá como
resultados um amanhecer de dias de ilusão, decepção e penúria, sob as rédeas de
um sistema criminoso que a cada dia lança suas teias de domínio para o rumo à
eternização dos poderes dos bandidos. As Forças Armadas precisam estar alertas
para o golpe que mais uma vez se desenha contra o Brasil.
A
estratégia lançada pelos governantes, pela farsa nos objetivos, esperam que se cumpra
e surta efeitos em suas intenções, já estando convictos que rigorosamente
acontecerão – caso não haja uma intervenção e freio a tais propósitos –, dado ao
fato de se saber qual o comportamento do povo brasileiro, quanto aos seus
desvios de caráter que admite a tolerância aos oportunismos e crimes, quando diretamente
e/ou indiretamente são obtidas vantagens individuais, mesmo que seja em
detrimento do prejuízo da maioria da sociedade. Vez que, é a sociedade em
geral, oportunista. Esta premissa se justifica na verdade de que o indivíduo: ao
entender que continuará com os seus direitos previdenciários, em grande parte,
através de uma reforma mais branda, onde ele sairá satisfeito, e essa sua satisfação,
também, quando somadas com as de outros indivíduos, dão a ilusão de que todos
os lados sairão ganhando: sindicatos, associações de classes, governo, e
partidos políticos.
A
conclusão, pelo bom estrategista e analista político, é a de que, o indivíduo e
o povo em geral, serão condicionados a perdoarem àqueles que lhes garantiram a
permanência dos seus direitos. Perdoar-se-á o que advogou o contrário dos seus interesses,
mas, que em momento oportuno se rendeu aos seus pares. Perdoar-se-á o governo e
os roubos dos políticos que assaltaram este País, considerando que a esses que
lhes assaltaram e continuam assaltando, o perdão é devido por lhes terem
favorecido, individualmente, e à classe trabalhadora coletivamente. Destarte, o
passado se apaga da memória da população e, restará apenas como lembranças o
que é recente e presente, isto é: “a
gratidão aos políticos em geral, pela luta e empenho em manter os direitos, em
favor do cidadão comum e trabalhador”. Os desagrados anteriores dos
parlamentares deixarão de existir em função de um suposto benefício recente e,
daí, pelo perdão em razão desta percepção, o congresso já reconhecido, no geral
como inoperante e indecente, se fortalece. E, este em se fortalecendo,
fortalecerá, também, o governo e todos os sistemas da República, atrelados uns
aos outros numa cadeia vexaminosa e arriscada em uma República onde os Poderes
já se caracterizam em um único Poder, dados os processos de escolha dos
dirigentes públicos e ao sistema político eleitoral. Daí, os integrantes do
sistema de indecentes, em especial, os líderes da República Brasileira, irão
temer o quê? É efetivamente a estratégia da salvação do sistema dominante em
todas as suas instâncias, uns segurando os outros. Então, os indecentes e as
indecências, continuarão como antes. Tudo como dantes!!!
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