* Nildo Lima Santos.
As organizações,
quando deixam de ser do tipo simples, com um único comando, especialmente, as
organizações públicas e, por excelência, as estruturas de comandos dos entes
estatais de direito público interno da administração direta, funcionam com
características de comando, tal qual, a hidra. A hidra, na mitologia grega, era
um animal fantástico, com misto de dragão com nove cabeças de serpentes e que
habitava um pântano, junto ao lago Lerna, na Argólida, costa leste do
Peloponeso.
A hidra, assim
como as organizações, com inúmeras cabeças sobre um só corpo dependente dos
comandos dos cérebros, naturalmente, tem o seu funcionamento sincronizado de
tal sorte que, o corpo seja movido para o destino pensado pelos múltiplos
cérebros no comando dos movimentos e ações deste corpo; os quais se tornam em
um único comando para que, de fato, os objetivos sejam alcançados. A isto
poderemos reconhecer que se trata de unidade de comando e, que poderemos reconhecer
claramente, como o reflexo da hidra. Portanto, a organização, para que seja
eficiente e eficaz, no alcance dos seus objetivos, deverá o máximo que possível
ter o “Reflexo da Hidra”.
Quando uma ou
mais de uma cabeça da hidra começa a se distanciar ou a perder as suas funções de
comando os seus reflexos vão sofrendo hipertrofias e, o corpo já não mais
funciona com a eficiência e a eficácia de antes. Passará então, o corpo da hidra,
a ter movimentos incompreensíveis e demasiadamente pesados para as funções de
comando que, exigirão, do cérebro principal, cargas extras nas funções
cerebrais; que naturalmente eram dos menores e mais simples comandos que já
detinham pelas habilidades inerentes à criatura que reconhecia, automaticamente,
pela sua genética (criação), em toda
rede de impulsos orgânicos, as informações
necessárias ao exercício de suas funções meio e fins; no processo de
execução de movimentos e ações em benefício do corpo como um todo. A esta
hipertrofia e disfunções, poderemos reconhecer como: “A síndrome da hidra
enlouquecida”. E, esta é a síndrome em que está vivendo o “Estado Brasileiro”.
Imaginem uma
hidra de quarenta cabeças que é a quantidade de comandos do Poder Executivo
Federal (presidente da república mais 39
ministros); e, onde o corpo do Estado se divide em vários outras cabeças e, cada
cabeça com interesses e objetivos próprios e específicos e, que não são os que
são determinados pela cabeça principal em função do corpo, como um todo, quando
isto ocorre! Da mesma forma devemos raciocinar sobre as administrações públicas,
em geral, seja dos estados ou dos municípios e, onde geralmente, a cabeça
principal não compreende e não consegue emanar os comandos corretos. Portanto,
é isto o Estado Brasileiro: “uma hidra enlouquecida”, assim como, grande parte
das organizações privadas de nosso país.
(*) Bacharel em ciências da
administração. Consultor em administração pública e, em desenvolvimento organizacional.
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