*Nildo Lima Santos
Os partidos políticos autodenominados
ou reconhecidos como de esquerda, não à toa, carregam estigmas lastimáveis; por
servirem a uma prática de política que utiliza como método, com raríssimas exceções,
a pressão de movimentos sociais arquitetados e, sem representatividade, formado
por diminuto número de indivíduos a serviço dos partidos políticos que adotam
esta estratégia. Servindo, então, tais movimentos, para a amplificação de vozes
distorcidas e longe da realidade que soam aos ouvidos desatentos da maioria do
povo como verdadeiras. São as vozes do atraso mantidas por métodos desonestos,
covardes, irresponsáveis e inescrupulosos de se fazer política.
A premissa, tanto é verdadeira, que
os ditos movimentos sociais que representam as agremiações políticas com o
Poder de fato, através dos seus representantes instalados nos cargos públicos
dos Poderes da República, não abandonam as suas reivindicações; mesmo tendo a
consciência e sendo sabedores que, os seus líderes maiores, na hierarquia do
sistema – incluindo os que estão instalados nas hostes governamentais –, que: “se
atendidas, as suas reivindicações, cessarão as razões e, as causas que servem
de objetos na sustentação dos movimentos e, da voz orquestrada que sustenta o
sistema político arquitetado para o domínio da maioria pela minoria sem pudor”.
É, portanto, sem sombras de dúvidas, a estratégia que serve de sustentação dos próprios
movimentos sociais e, de todo sistema político que deles se beneficiam. Então, é
verdadeiro se afirmar que as reivindicações dos movimentos sociais são meros
jogos de cena, para o engodo e ludibrio da grande maioria da sociedade que
pouco pensa.
Não é à toa que a reforma agrária não
sai do papel e, permanecem os conflitos de terras; a política habitacional é um
fiasco e, continuam a existir os sem-teto; a educação não se desenvolve – muito
pelo contrário – regride vertiginosamente; mesmo contando com os representados dos
movimentos estudantis do passado, instalados nos Poderes Máximos da República;
e, portanto, sistematicamente como método desonesto e temeroso para o
estabelecimento da ordem democrática no País, a ressonância da voz amplificada
da minoria continua em alto volume nas turbas e no desrespeito ao cidadão comum
– “a imensa maioria que não consegue
interpretar a verdade e, ser ouvida pelo sistema insensível criado apenas para
o oportunismo da coisa pública por líderes políticos despudorados, impatriotas,
sem escrúpulos, despreparados e sem noções de civilismo e respeito.”
*Nildo Lima
Santos. Consultor em Administração Pública.
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