quarta-feira, 4 de julho de 2012

PROJETO CENTRAL DE EMPREENDEDORISMO E OPORTUNIDADES


Elaboração: Nildo Lima Santos. Consultor em Administração Pública. 


Componentes:
·       Balcão do Trabalhador
·       Banco de Potencialidades Humanas
·       Banco de Potencialidades Econômicas

I – Apresentação
      (O que é a Central de Empreendedorismo e oportunidades?)
II – Introdução
      (O projeto e seus componentes)
III – Filosofia do Projeto e seus Objetivos
IV – Estrutura do Projeto
        IV.1. Balcão do Trabalhador
        IV.2. Banco de Potencialidades Humanas
        IV.3. Banco de Potencialidades Econômicas
V – Instrumentos do Projeto
        V.1. Normatização
                (Decretos, leis, regulamentos e convênios)
        V.2. Formulários
        V.3. Sistema Informatizado de Operação
VI- Recursos Necessários
        VI.1. Humanos
        VI.2. Materiais
        VI.3. Financeiros
VII – Operacionalização
        VII.1 Financeira
        VII.2. Fiscalização e Controle
                   (Conselhos e Comitês)
        VII.3. Diretrizes e Planos de Ação e Metas
        VII.4. Plano de Aplicação
VIII – Parcerias


                       

I – APRESENTAÇÃO

        Este projeto foi elaborado visando o aproveitamento racional dos recursos disponíveis no Município de Sobradinho para promover a geração de renda e empregabilidade para a sua população. Foi imperiosa a observação de variáveis tradicionalmente pouco utilizadas pelos técnicos e que, definitivamente contribuirão para o encorpamento efetivo de ações estratégicas e eficazes que permitirão o alcance dos objetivos deste grande projeto, ora denominado de: Central de Empreendedorismo e Oportunidades. A rigor, este instrumento propõe sistematizar e hierarquizar um conjunto de ações que sempre estiveram isoladas e que em conjunto, quando integradas, propiciarão maior eficiência e eficácia na busca dos objetivos comuns de geração de emprego e renda e, que bem poderiam ser a preocupação constante dos administradores públicos municipais no cumprimento de um dos seus papéis que é o do desenvolvimento local, que não é tão novo como se parece, mas, entretanto, tem assumido este aspecto por ter sido esquecido pelos gestores e pelos planejadores que não encontram saídas para a evolução econômica e social da sociedade.


II - INTRODUÇÃO


            O Projeto Central de Empreendedorismo e Oportunidades: é composto de três componentes básicos que nortearão as decisões de investimentos através da implantação de um plano de ação e de metas detalhadas e elaboradas com mais propriedade dentro da realidade de recursos e da realidade da demanda, provocada e espontânea. Estes três componentes são os seguintes: Balcão do Trabalhador, que já é um cadastro que registra a demanda espontânea de emprego pelo cidadão do Município; Banco de Potencialidades Humanas, que é um cadastro mais completo que, tanto servirá para o encaminhamento do cidadão para as vagas de emprego ofertadas pelo mercado; quanto para a formatação do plano de ação e de metas; por este ofertar uma análise real da potencialidade humana de cada indivíduo cadastrado, tanto pelo ponto de vista de formação, quanto pelo ponto de vista de disponibilidade de recursos que poderão ser inseridos em propostas que permitam a geração econômica em prol deste; e, por fim o Banco de Potencialidades Econômicas, que é um cadastro destinado ao registro de todas as potencialidades que se possam traduzir em recursos econômicos que facilitem o direcionamento e as decisões dos investimentos públicos e dos parceiros privados. O projeto considera ainda, os diversos programas e ações isoladas promovidas pelas múltiplas instituições governamentais e financeiras, integrando-os e conciliando-os aos objetivos do projeto, de forma sistematizada e regulamentada através de instrumentos mais adequados. O ponto forte é que o projeto resgata e considera, ser de fundamental importância, as decisões partilhadas democraticamente através dos Conselhos Municipais já criados com a finalidade de deliberar sobre os investimentos necessários para a geração de emprego e renda. Portanto, o projeto, busca conciliar as várias normas e instrumentos legais existentes sobre o assunto. A exemplo a Lei de criação do Fundo de Aval, seu decreto de regulamentação; Lei Estadual que criou o FIES – Fundo de Investimentos Econômicos Social; Lei Municipal de criação do Conselho Municipal de Fiscalização do FIES; Lei de Diretrizes Orçamentárias; Plano Plurianual de Investimentos e outros instrumentos formais existentes.


III – FILOSOFIA DO PROJETO E OBJETIVOS


        O projeto para o alcance dos seus objetivos, tem como filosofia, a integração de esforços através do seu mapeamento e inserção sistematizada no processo decisório que traduza resultados para a proposição deste projeto, aliado ao mapeamento das potencialidades individuais humanas e das potencialidades econômicas existentes e ao alcance dos munícipes quer sejam individuais, quer sejam naturais, ofertadas pelo Município,  quer sejam disponibilizadas pelas instituições financeiras e pelos organismos públicos e privados, ou pelas organizações não governamentais.
           
            Em linguagem mais simples, poderemos explicar a filosofia do projeto através das seguintes considerações sistematizadas:

1.      A demanda do indivíduo para a satisfação de suas necessidades básicas e para outras necessidades mesmo que não sejam  básicas, é sempre relacionada à renda; seja um ganho salarial através de emprego regular, para complementação de renda salarial, ou até mesmo para consolidar a sua independência financeira através de empreendimentos produtivos com fins lucrativos;

2.      Esta demanda deverá ser registrada através de cadastros mais completos de forma que permita, não só se detectar a necessidade de emprego do indivíduo, como também, - o que é mais importante -, as suas potencialidades individuais com o seu perfil profissional, formação e suas vocações,  sonhos, anseios e patrimônio particular;

3.      Ao se realizar estes registros, estaremos gerando um excelente Banco de Potencialidades Humanas, que nortearão as ações e metas destinadas à geração de emprego e renda. Poderá a partir daí, por exemplo, planejar os cursos de capacitação necessários para atender a uma demanda real existente. Se foi detectado que um número razoável de indivíduos cadastrados possuem imóveis rurais então, deverão ser canalizados para estes esforços que possibilite que estes sobrevivam ou aumentem suas rendas através do aproveitamento racional de suas próprias potencialidades econômicas, daí encaminhando-os para as instituições de crédito e para capacitações através dos múltiplos organismos que atuam na área, dentre eles o SENAR,  Banco do Nordeste e a própria Prefeitura que deverá definir suas metas aproveitando os seus recursos disponibilizados através do Fundo de Aval e do FIES.

4.      Um outro cadastro que contribuirá para a definição das ações e metas é o Banco de Potencialidades Econômicas que tem como objetivo registrar as potencialidades do Município disponibilizadas ou que possam ser disponibilizadas para ações que propiciem a geração de emprego e renda. É neste cadastro que serão registradas as riquezas naturais do Município, assim exemplificadas: jazidas de minério, de argila, matéria-prima para artesanato, potencialidades turísticas. Será registrada a infraestrutura de serviços públicos, assim exemplificadas: barragens, canais de irrigação, matadouros, mercados públicos, etc. Será registrada a produção agrícola e pecuária do Município: quantidade produzida e mercado consumidor, a fim de orientar nos empreendimentos que possibilitem agregar preço ao que é produzido pelo Município, tanto pelo produtor quanto por algum interessado, assim exemplificando: se existe boa produção de cebola, pode ser possível a instalação de uma pequena fábrica de picles ou de tempero caseiro; se existe boa produção de manga, pode ser possível a instalação de uma pequena fábrica de sucos de manga ou de geléia de manga, e assim por diante. Se o matadouro público atende a uma expressiva demanda é um forte motivador a que seja possível a produção de ovelhas e de caprinos para abate. Se existe jazida de barro, então é possível capacitar pessoas para a produção de utensílios de barro (moringas, potes, álgidas, caqueiros, jarros, etc.). Este cadastro possibilitará ainda, o registro das disponibilidades de linhas de crédito possíveis de serem utilizadas por cada tipo de empreendimento. Demonstra o que: as instituições financeiras; as instituições públicas; as instituições privadas e, instituições não governamentais dispõem para investimentos no Município. Exemplo: Fundo de Aval do Município em parceria com o Banco do Nordeste; Credi Amigo do Banco do Nordeste; Fundo de Investimentos Econômicos e Sociais – FIES; Visão Mundial; programas de geração de emprego e renda da CAR; programas de geração de emprego e renda do FAT (governo federal), etc.

O projeto tem como objetivos gerais: a sistematização de ações hierarquizadas e integradas que possibilitem a definição de metas racionais capazes de serem cumpridas e, que possibilitem a curto e médio prazo a geração de emprego, trabalho e renda, através de uma metodologia integrativa das variáveis e oportunidades econômicas. Se a procura é por emprego, se dará ao  indivíduo, dentro de suas potencialidades individuais e, dentro das oportunidades de mercado, a oportunidade de ser capacitado para concorrer a vagas de emprego em melhores condições que seus concorrentes. Se a procura é por empreendimentos e por oportunidade de renda, ou se a procura do emprego leva a esta condição, o indivíduo será capacitado e orientado para o melhor aproveitamento dos recursos que este tenha disponível ou para acesso aos créditos disponíveis pelas múltiplas instituições cadastradas pelo Município.


IV – ESTRUTURA DO PROJETO 

O projeto é formado por três componentes básicos:

I – Balcão do Trabalhador
            II – Banco de Potencialidades Humanas
            III – Banco de Potencialidades Econômicas

IV.1. Balcão do Trabalhador


            O Balcão do Trabalhador deverá não só atender às necessidades definidas pelas normas de sua criação; mas também, às necessidades estabelecidas para os objetivos deste projeto, portanto, o formulário de cadastramento deverá ser aperfeiçoado de forma que possa permitir uma melhor análise das potencialidades humanas do indivíduo que permita um tratamento mais adequado no encaminhamento das soluções; para que possibilite a sua inserção efetiva no mercado produtivo, quer através do emprego ou através de atividades empreendedoras.

            O modelo de formulário de cadastro é na conformidade do Anexo I a este projeto. Este cadastro substituirá o cadastro utilizado pelo Balcão do Trabalhador, por ser mais atual e mais completo e será denominado de Cadastro de Potencialidades Humanas.

            O Balcão do Trabalhador, atualmente já em funcionamento, continuará com a sua função original, ou seja, promovendo o encaminhamento de listas de demandas de emprego para os órgãos especializados. Entretanto, integrará as ações da Central de Empreendedorismo e Oportunidades, que buscará de forma mais eficaz, dotar o indivíduo cadastrado de oportunidades extras de reforço de suas aptidões através de cursos profissionalizantes e através de oportunidades de negócios que aqui chamamos de empreendimentos.


IV.2. Banco de Potencialidades Humanas

        
         O Banco de Potencialidades Humanas parte do pressuposto de que é preciso examinar nos mínimos detalhes o perfil do cidadão candidato a uma vaga no mercado de oportunidades de renda. É o jeito e a maneira diferentes de perceber potenciais individuais para o encaminhamento de ações que permitam um imenso atalho no rumo do objetivo proposto que é, o da geração de trabalho, emprego e renda. A partir dessa visão será possível antecipar cenários, retomar iniciativas, repensar conceitos, romper paradigmas e reaparelhar os indivíduos para o grande desafio da auto-sustentabilidade.

            O Banco de Potencialidades Humanas adotará como estratégias, a partir das potencialidades do indivíduo cadastrado (habilidades naturais, dons, vocações, talento, criatividade, latências e motivações, experiências de sucesso vividas, formação profissional, nível de escolaridade, disponibilidade de recursos materiais e financeiros):

1.      considerar a formação educacional do candidato para a busca da qualidade através de treinamento em área que leve em consideração: as habilidades naturais, dons, vocações, talento, criatividade, formação profissional, etc.;

2.      considerar a necessidade de auto-realização e de motivação do indivíduo como condicionantes aos encaminhamentos de soluções;

3.      considerar as experiências profissionais do indivíduo e as suas experiências de sucesso;

4.      considerar a disponibilidade de recursos pessoais do indivíduo, disponíveis e/ou ociosos que permitam a indicação de soluções que propiciem a sua inserção no mercado produtivo;

5.      considerar as afinidades individuais, de formação, de classes profissionais, de áreas de atuação, e, de disponibilidades de recursos individuais para os encaminhamentos grupais.


Esperam-se como benefícios imediatos, com o Banco de Potencialidades Humanas:

1.      instrumentalização da Administração Municipal para a identificação, absorção e aproveitamento máximos das potencialidades dos indivíduos cadastrados;

2.      aumento da probabilidade de sucesso nos encaminhamentos de aperfeiçoamento do indivíduo com maior otimização dos recursos disponíveis e com o conseqüente aumento da oportunidade no mercado de trabalho;

3.      aumento da probabilidade de sucesso nos  encaminhamentos, dos indivíduos cadastrados, para a adequada linha de negócios e de investimentos disponibilizados pelos múltiplos organismos públicos e privados;

4.      elevação do moral e da satisfação dos munícipes pela efetividade das ações empreendidas;

5.      elevação do moral e da satisfação dos agentes públicos e dos agentes financeiros face ao êxito e índice de aproveitamento e retorno econômico e social dos recursos;

6.      formação de um excelente banco de dados a ser disponibilizado para as multi-organizações governamentais, não governamentais e privadas, com economia de tempo e de recursos, propiciando celeridade no encaminhamento das decisões.

São Objetivos do Banco de Potencialidades Humanas:

1.      detectar as potencialidades humanas existentes e não devidamente utilizados e criar horizontes profissionais e de oportunidades compatíveis com sua capacidade de desenvolvimento visando maior agilidade no processo dos encaminhamentos destinados a geração de trabalho, emprego e renda;

2.      promover ações que melhor se ajustem ao perfil do indivíduo, relacionadas a sua capacitação e às oportunidades de renda;

3.      ajustar o indivíduo mapeado de acordo com os seus anseios e vocações e sua predisposição natural para o desempenho de atividades para as quais revela vocação ou que seja a mais prática e  racional para o alcance dos resultados desejados;

4.      acomodar o indivíduo segundo a relação necessidades/habilidades;

5.      relocar mão-de-obra em setores, funções e projetos em que possam aplicar seus conhecimentos, suas inclinações e habilidades, bem como ampliar autonomia, assumir responsabilidades com o seu próprio desenvolvimento e com o desenvolvimento da sociedade, por se tornar agente capaz  produtivo.     
         

IV.3. Banco de Potencialidades Econômicas


            O Banco de Potencialidades Econômicas será alimentado através de um cadastro específico; o qual se utilizará dos vários instrumentos e normas disponíveis e do próprio Cadastro de Potencialidades Humanas, naquilo que se refira a recursos disponíveis do indivíduo, quer seja disponibilidade financeira, ou patrimonial que possam ser utilizados para a geração de trabalho, emprego e renda própria e de terceiros.

            O modelo de formulário de cadastro de Potencialidades Econômicas que alimentará o Banco de Potencialidades Econômicas é o definido no Anexo II a este projeto.

            O Banco de Potencialidades Econômicas contará como estratégias fundamentais e de suporte ao planejamento das ações destinadas à Geração de Trabalho, Emprego e Renda no Município de Sobradinho:

1.       mapeamento das riquezas naturais disponíveis no Município (jazidas de minério, jazidas de argila, produtos extrativistas ofertados pela flora regional, mananciais, pontos turísticos, etc.);

2.       mapeamento das indústrias e negócios  ofertados dentro do Município e região de sua abrangência;

3.       mapeamento dos produtos agrícolas e pecuários ofertados pelo Município;

4.      mapeamento da infra-estrutura hídrica ofertada pelo Município (sistemas públicos de irrigação, barragens e canais, etc.);

5.      mapeamento da infra-estrutura de serviços públicos ofertados pelo Município (matadouro público, mercado público, feira, quiosques, etc.);

6.      mapeamento do patrimônio disponível do indivíduo cadastrado, para fins de investimentos e garantias;

7.      mapeamento das instituições financeiras disponibilizadoras de créditos para investimentos e das instituições governamentais e não governamentais;

8.      mapeamento dos instrumentos normativos dos multi-organismos governamentais disponibilizadores de recursos destinados a ações de geração de trabalho, emprego e renda (Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, SETRAS, SENAR, Fundo de Aval do Município, Fundo de Investimentos Econômicos e Social – FIES, etc.).


São objetivos do Banco de Potencialidades Econômicas:

1.      detectar as potencialidades econômicas individuais, públicas e privadas que possam ser destinadas às ações de geração de emprego, trabalho e renda;

2.      permitir maior eficácia nos encaminhamentos das soluções destinadas à geração de emprego, trabalho e renda, através do ordenamento das ações destinadas a cada caso e, grupo de casos, de forma que possibilite a celeridade nas linhas de atendimentos nas múltiplas instituições financeiras e de investimentos econômicos e sociais disponíveis;

3.      subsidiar as múltiplas instituições governamentais e não governamentais de informações cadastrais atualizadas e completas que permitam que estas, em conjunto ou isoladamente, possam trabalhar soluções para a geração de trabalho, emprego e renda no Município;

4.      disponibilizar informações privilegiadas para os órgãos do Município permitindo soluções acertadas nos investimentos em infra-estrutura econômica e social.

  

V – INSTRUMENTOS DO PROJETO  

           O projeto considerará os vários instrumentos normativos existentes e destinados às ações de geração de trabalho, emprego e renda no Município, quer sejam estes produzidos e implantados pelo mesmo, ou pelas múltiplas instituições governamentais, privadas e não governamentais, parceiras das ações destinadas a geração de trabalho, emprego e renda, a exemplo o Convênio celebrado entre o Município e a SETRAS/Ba, para o encaminhamento de ações e providências relacionadas ao Balcão do Trabalhador.

 

            Instrumentos específicos de gerenciamento e de controle serão implantados para complementarem ou substituírem outros inaplicáveis ou inadequados para o propósito deste projeto.Um destes novos instrumentos é a informatização do Banco de Potencialidades Humanas e do Banco de Potencialidades Econômicas, que deverão ser cruzados entre si para o aproveitamento racional dos dados afins e de relacionamento neles contidos, de forma que permita a geração de relatórios fundamentais para as decisões, controle e avaliação do sistema.

 

            O projeto será instrumentalizado através das normas legais e operacionais vigentes para todos os programas, sub programas e projetos que tenham como objetivo a geração de trabalho, emprego e renda, sejam estes, do Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal. Na verdade, estas normas serºao integradas de modo a permitir um comando único para as ações idênticas e afins, de forma que possibilite a compatibilização de objetivos para a eficácia de tais ações com mais celeridade e racionalidade nos recursos investidos.

 

            Consideramos de antemão, os seguintes instrumentos: Normatização (Decretos, Leis, Regulamentos e Convênios); Formulários e Sistema Informatizado de Operação.

 

            Serão gerados instrumentos específicos de normatização, controle e operação do sistema informatizado.  

 

V.1.  Normatização

              (Decretos, Leis, Regulamentos e Convênios)

        O Decreto Federal nº 76.403/75, criou o Sistema Nacional de Emprego ‘ SINE com o objetivo de atuar como um serviço público de emprego.

            Por força de dispositivos deste Decreto a SETRAS – Secretaria do Trabalho e Ação Social do Governo do Estado, firmou convênio com o Município de Sobradinho para implantar o Programa Mãos a Obra, contemplando as seguintes vertentes:
           
1.      Qualificação Profissional;
2.      Informações Sobre o Mercado de Trabalho;
3.      Relações do Trabalho e Documentação;
4.      Intermediação de mão-de-obra e Seguro Desemprego:
5.      Geração de Emprego e Renda.

O Programa prevê a Implantação de uma Comissão Municipal de Emprego que atuará, em nível local, acompanhando a aplicação dos recursos do FAT no Município. Esta Comissão é Tripartite e Paritária, composta por igual número de representantes dos três segmentos da sociedade: poder público, trabalhador e empregador.

No Município, o programa funciona regulamentado através dos seguintes documentos:

a) Decreto nº ____/____, que cria a Comissão e indica o nome das instituições participantes;

b) Portaria nº _____/_____, assinada pelo Prefeito, que nomeia os titulares e respectivos suplentes;

c) Regimento Interno aprovado e assinado pelos componentes da Comissão;

d) Ata assinada por todos os participantes, contendo o relato da eleição do Presidente e do Secretário, e aprovação do Regimento;

e) Ofícios indicando os titulares e suplentes do poder público, trabalhador e empregador.

           
O Governo do Estado da Bahia, através da Lei nº 8.632/2003, alterada pela Lei nº 8.644/2003, foi criado o FIES – Fundo de Investimentos Econômicos e Social objetivando transferir aos municípios, recursos captados das empresas e destinados a programas de investimentos em infra-estrutura e em ações sociais.

As citadas Leis foram regulamentadas pelo Decreto nº 8.603, do Governo do Estado da Bahia.

A média mensal dos recursos originários do FIES é na ordem de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais); os quais reforçarão o orçamento do Município para aplicação nas ações de geração de trabalho, emprego e renda, principalmente, para depósitos junto ao Fundo de Aval que alavancará, junto ao Banco do Nordeste,  recursos adicionais à razão de 10x1 (dez por um).

O Município de Sobradinho, em 2000, através da Lei Municipal nº 243/00, de 18 de maio de 2000, criou o Fundo de Aval com o objetivo de alavancar recursos junto ao Banco do Nordeste para investimentos na área produtiva e comercial; visando um maior incremento na economia local que permita a criação de trabalho, emprego e renda. Entretanto, até o momento, o Fundo de Aval não foi implantado pela ausência de depósito em conta, a qual deveria ser aberta e controlada pelo Município e pelo agente financeiro (Banco do Nordeste). Esta Lei foi alterada pelas Leis 261-A, de 08 de junho de 2001 e 313/2003, de 22 de outubro de 2003.

Será criado Grupo de Trabalho ou Comissão específica de servidores que atuam efetivamente ou que tenham um grande potencial para definir e comandar ações que objetivem a geração de trabalho, emprego e renda. A formalização do Grupo de Trabalho será através de Decreto do Chefe do Executivo Municipal, na conformidade do Anexo I a este Plano.


V.2. FORMULÁRIOS


     O funcionamento do sistema se iniciará com a implantação de formulários cadastrais que permitirão os registros dos dados e informações necessários ao processo decisório, de controle e avaliação das ações que propiciarão a geração de trabalho, emprego e renda.

     São dois os cadastros que alimentarão o sistema:

     a) Cadastro de Potencialidades Humanas;

     b) Cadastro de Potencialidades Econômicas.

     O Cadastro de Potencialidades Humanas, é destinado ao registro dos dados e informações, individuais, dos interessados, o qual foi desenvolvido na forma do Modelo II Anexo a este Projeto.    

     O Cadastro de Potencialidades Econômicas é destinado ao registro dos dados e informações econômicas do Município e que, diretamente interferem em sua economia e desenvolvimento social, o qual foi desenvolvido na forma do Modelo III Anexo. Os dados econômicos e sociais coletados pelo projeto do PDDU, serão disponibilizados para o cruzamento sistematizado dos dados e informações necessários ao norteamento dos investimentos.


V.3. Sistema Informatizado de Operação


            Será desenvolvido um programa de informática em linguagem compatível com o Windows, com base nos formulários desenvolvidos de forma que permita o cruzamento dos dados para a geração de relatórios gerenciais e de controle do sistema, obedecendo os fluxos de informações estabelecidos pelos mesmos e, o registro das metas e atendimentos decorrentes dos encaminhamentos.

     Os formulários (cadastros), foram elaborados observando a técnica de desenvolvimento de sistemas, o que permitirá ao programador arquitetar um bom programa de informática.

     O programa, para atender ao Projeto Central de Empreendedorismo e Oportunidades deverá ser desenvolvido em linguagem que propicie a maximização do cruzamento de dados e informações em curto tempo sem a necessidade de alterar o programa. Portanto, este terá que ser flexível e modular, permitindo a agregação e indexação de novos comandos para a emissão dos relatórios desejados.


VI – RECURSOS NECESSÁRIOS

     Para a implantação da Central de Empreendedorismo e Oportunidades, são necessários recursos humanos, materiais e financeiros. Deve-se chamar a atenção para o fato de que grande parte dos recursos já se encontra disponível e disperso pelos múltiplos setores da administração pública municipal.

VI.1. RECURSOS HUMANOS


     Serão envolvidos técnicos e auxiliares na implantação e manutenção da Central de Empreendedorismo e Oportunidades. Os técnicos a serem envolvidos são os disponíveis nos quadros da Prefeitura, principalmente aqueles que passaram por processo de capacitação promovido pelo Banco do Nordeste através do Pólo de Desenvolvimento Integrado da Região de Juazeiro e Petrolina.

     Ficará à disposição ainda, da Central de Empreendedorismo e Oportunidades, o técnico Consultor NILDO LIMA SANTOS, autor intelectual desta proposta e orientador do Grupo de Trabalho responsável pela implementação de ações para a geração de trabalho, emprego e renda.

     O pessoal auxiliar é o mesmo utilizado pelo Balcão do Trabalhador, devendo, entretanto, passar por um processo de capacitação para a operação do sistema definido para a Central de Empreendedorismo e Oportunidades.

     O quadro definido para o funcionamento da Central é na forma do Anexo IV a este projeto.


VI.2. RECURSOS MATERIAIS


     O mobiliário necessário para a implantação e manutenção da Central de Empreendedorismo e Oportunidades é o discriminado no Anexo V a este projeto.

     O mobiliário utilizado pelo Balcão do Trabalhador será destinado à Central, vez que, a Central fará, também, o papel do Balcão do Trabalhador que, inclusive, é um dos seus componentes.

     Será necessária, a aquisição de um (01) computador, com boa capacidade de memória, e, periféricos, neste primeiro momento, para a resolutividade dos problemas.

     Os recursos financeiros para a aquisição dos equipamentos e mobiliários, serão originários do FIES - Fundo de Investimentos Econômicos e Sociais.

     O espaço físico para instalação da Central de Empreendedorismo e Oportunidades deverá ser amplo e com um lay out adequado, de forma que permita uma boa aparência do ambiente para uma boa receptividade ao cidadão, transmitindo-lhe credibilidade, confiança e esperança. Além da sala de operação e recepção, é necessário também, que tenha uma sala aparelhada para as reuniões dos técnicos, do Grupo de Trabalho e dos cidadãos cadastrados nos programas de geração de trabalho, emprego e renda.


VI.3. RECURSOS FINANCEIROS


     Os recursos financeiros a serem desembolsados para a Central de Empreendedorismo e Oportunidades se dividem em duas fases;

     I – fase de implantação do Projeto;

     II – fase de manutenção do Projeto.
                                                                 
     A fase de implantação do projeto que se refere ao desembolso imediato, inclusive com o desenvolvimento do programa de informática é no valor de R$ ................., conforme o Demonstrativo Financeiro de Implantação da Central de Empreendedorismo e Oportunidades – Anexo VI.

     A fase de manutenção da Central de Empreendedorismo e Oportunidades, que é contínua, é conforme o Demonstrativo Financeiro de Manutenção da Central de Empreendedorismo  e Oportunidades (Anexo VII). Os valores definidos em tal demonstrativo, são os mínimos necessários à execução de ações programadas dentro dos recursos conhecidos, o qual deverá ser atualizado e redefinido dentro das disponibilidades financeiras e atendendo ao plano de aplicação e às Diretrizes e Planos de Ação e Metas aprovados pela Comissão de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades.


VII – OPERACIONALIZAÇÃO

     A operacionalização da Central de Empreendedorismo e Oportunidades se dará no plano financeiro, de fiscalização e controle, na definição de diretrizes e planos de ação e metas e, no plano de aplicação dos recursos.

VII.1. Operacionalização Financeira


            Os recursos disponíveis deverão ser racionalizados e, maximizados no alcance dos objetivos fins do projeto. Os recursos do FIES deverão ser disponibilizados para o cumprimento das metas estabelecidas pelo Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades. Parte destes recursos deverão ser depositados no Fundo de Aval para a garantia de contra-partida de investimentos pelo Banco do Nordeste do Brasil nas ações especiais destinadas a geração de trabalho, emprego e renda.

            Os recursos próprios, orçamentariamente destinados à geração de trabalho, emprego e renda deverão ser centralizados para programação através de Plano de Aplicação aprovado pelo Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades.

            Os recursos de convênios com a SETRAS e outras instituições com ações na área de geração de trabalho, emprego e renda, deverão ser, também, se submeterem às decisões do Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades.


VII.2. Fiscalização e Controle

                 
            A fiscalização e o controle das ações e dos recursos sob a responsabilidade da Central de Empreendedorismo e Oportunidade, deverão ficar a cargo da Comissão Municipal de Emprego, a qual fiscalizará o cumprimento das diretrizes e metas, bem como, da aplicação dos recursos programados para a geração de trabalho, emprego e renda. Tanto as metas e ações estabelecidas por ela própria (Comissão Municipal de Emprego), quanto às estabelecidas pelo Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades, que será a responsável: pela definição das diretrizes, planos de ação e metas da Central, o qual será integrado e conciliado com o plano de ação e metas da Comissão Municipal de Emprego.

            O Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades será constituído pelos membros do Grupo de Trabalho nomeado para a implantação deste projeto. Indicamos os seguintes servidores:

            Mônica Suely Pessoa – Secretária de Ação e Serviços Sociais;
            Dorival Jatobá – Diretor de Desenvolvimento Sustentável
            Veranildo
            Edísio Pinheiro
            Ivanildo Ferreira.

            O Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades será constituído e nomeado na forma do Decreto Anexo VIII a este projeto.

            O Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades, ao tomar posse, escolherá os demais pares para aprovar o regimento do Conselho e traçar as diretrizes, plano de ação e metas destinados a geração de trabalho, emprego e renda, possíveis de serem executados.

            O Conselho de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades deverá se reunir, pelo menos, uma vez na semana para direcionar as demandas geradas na semana.

             

 VII.3. Diretrizes e Plano de Ação e Metas


            As diretrizes para a geração de trabalho, emprego e renda, deverá obedecer ao que foi estabelecido no Plano Plurianual de Investimentos, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e, no Plano de Ações Sociais.

            As metas compatibilizadas e definidas pela Comissão de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades deverão, também, ser compatíveis com os recursos reais disponíveis ou que, efetivamente sejam disponibilizados no futuro.
VII.4. Plano de Aplicação

            A Comissão de Gestão da Central de Empreendedorismo e Oportunidades elaborará Plano de Aplicação dos recursos a serem destinados para a geração de trabalho, emprego e renda, na forma do Modelo Anexo IX, o qual será aprovado por Decreto do Chefe do Executivo Municipal. O Plano de Aplicação será elaborado atendendo as formalidades definidas na Lei Federal nº 4.320/64, evidenciando os programas e dotações orçamentárias referentes às despesas autorizadas na Lei do Orçamento, bem como, os projetos e atividades definidos orçamentariamente para os mesmos e, respectivos elementos de despesas.


VIII – PARCERIAS

     É imprescindível, que o projeto seja executado: através de parcerias com instituições governamentais e civis não governamentais, instituições financeiras oficiais e privadas, demais instituições privadas, instituições comunitárias e, instituições representativas de classes produtivas e de profissionais.           

     O SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural é um dos bons parceiros para capacitação dos produtores rurais com os custos da própria instituição ou mediante convênios de ônus mútuos.

     O SENAI é um dos bons parceiros para capacitação de trabalhadores e de interessados em atividades de transformação, tanto dirigidos para as atividades rurais quanto para as atividades urbanas.

     O SENAC poderá conveniar com a administração municipal para a capacitação de pessoal com interesse no exercício de funções comerciais e de prestação de serviços.

     O SEBRAE poderá capacitar pessoal ligado a atividades produtivas, como também, a atividades gerenciais e de prestação de serviços.           

     A SETRAS – Secretaria do Trabalho e Ação Social do Estado da Bahia poderá ser uma grande parceira no processo de capacitação da população com ocupação urbana.

     Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sobradinho que, indicará trabalhadores para cadastramento e possível beneficiamento pelos programas e projetos disponibilizados pela Central.

     Sindicato dos Produtores Rurais de Sobradinho que, indicará produtores para cadastramento e possível atendimento pelas múltiplas ações desenvolvidas pela Central .

     Governo Federal, através do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador que disponibilizará recursos e programas através da Central de Empreendedorismo e Oportunidades.  
                       
     O Banco do Nordeste, com o Credi Amigo, PRONAF, e outras linhas de crédito; o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, através de suas linhas de financiamento e programas que serão bons parceiros na liberação de recursos para os micros, pequenos e médios investimentos no Município nas múltiplas atividades econômicas.

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