Artigo publicado em setembro de 2010.
Nildo Lima Santos. Consultor em Administração Pública.
A sistemática desobediência às
leis pelos figurões políticos que há anos dominam a política nacional e, por
conseqüência, detêm o poder na representação do Estado Brasileiro em suas
funções que são: as funções do Estado, ou simplesmente, as funções de governo, e a cooptação de aliados a qualquer custo para a formação da maioria no Congresso
com a justificativa de se manter a governabilidade, combinados com a mistura endêmica dos
Poderes da República, possibilitada pela mal elaborada estrutura de Estado a
partir da constituição de 1988, mais os freqüentes crimes praticados contra o
cidadão comum e contra os adversários e possíveis adversários do poder político
dominante de então, aliadas às decisões do judiciário, sem as justas medidas atendendo
às conveniências – principalmente, as políticas – em detrimento de direitos da
sociedade e de cidadãos isoladamente, mais o vergonhoso e despudorado aparelhamento
do Estado, na tolerância generalizada aos crimes protagonizados por figuras ligadas ao poder
político dominante e, que lideram supostos movimentos sociais há mais de uma década, são os ingredientes de horror para a natural aceitação das quadrilhas que se formam em torno do butim de ouro (erário), para vilipendiarem a sociedade que assiste a tudo passivamente.
A subordinação e
subserviência das sociedades civis e seus líderes ao poder político dominante marginalizado e de marginais são submetidos cotidianamente: à violência crescente decorrente de crimes organizados e do tráfico de
entorpecentes; a observarem passivamente, com naturalidade, como se fosse normal, o enriquecimento rápido de políticos, parentes destes e aliados
sem justificativas aparentes. Portanto, as tentativas bem sucedidas de criminosos de se
perpetuarem nos Poderes do Estado potencializam a marginalização dos agenes deste Estado onde as praticas de abuso de poder e de crimes contra a Administração Pública e contra a sociedade são em volumes absurdos com: a violação a sigilos fiscais e de
correspondências nas instituições do Estado para usos ilegais e indevidos na
chantagem política; as perseguições do partido que ora está no domínio político
– e, eu sou uma das vítimas! –; as descomposturas costumeiramente presentes nos
que ocupam os cargos de Estado, incluindo, os de Presidente da República e de
Ministros; o império da mentira como arma de domínio pelos governantes e seus
aliados; e o cinismo como regra daqueles que deveriam ser reconhecidos como
referenciais de seriedade e honestidade. Por tudo isto e mais alguma coisa, é
que não tenho dúvidas: “Estamos sob o império de um Estado Bandido – ímpar na
história deste País.”
Por esta constatação – que não é
única deste escriba –, há a necessidade de uma forte reação de parte da sociedade,
instituições e cidadãos, que ainda não foram contaminados, para a correção dos
rumos do Estado Brasileiro, que ora se deprecia em sua concepção como
democracia saudável e necessária para a soberania do Estado e segurança para
todos os indivíduos indistintamente. Portanto, retirar do processo de direção da Nação todos aqueles que se utilizam e
se utilizaram de crimes, de qualquer ordem, para, à força e a qualquer custo, representarem o Estado. Deverão, também, se afastar da vida pública, todo os que, sem a justa representação nas instituições
oficiais quando convocados pela sociedade, pegaram em armas contra os próprios
irmãos para a tentativa da imposição das suas equivocadas ideias sobre determinado pensamento político degradante que somente satisfazem aos seus torpes ideais, em detrimento de toda
sociedade brasileira. Devem, ficar de fora da vida pública, rigorosamente, os que na representação do Estado mentem fartamente
sem vergonha e sem respeito às instituições e ao cidadão. E, avante, as
instituições e homens de bem contra os que tomaram o Estado Brasileiro de
assalto!
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